segunda-feira, 30 de março de 2009

Hora de Voar.

O nascer do dia é ponto de encontro de todos os paraísos, lá estava o meu sorriso.

Sobre a mesa pensando a vida, o desabafo em pessoa era eu.
Pronto para todas as manhãs, (re)nasço junto com o sol: abençoado e iluminado.

Agradeço em prece... (Oh, meu Deus)

Calculo o tempo e as possibilidades me camuflando em um sentimento, um gesto forte e verdadeiro, simbolizado por lagrimas que só eu posso ver. A minha alma está salgada.

Eu nunca quis fazer sentido, sou poesia e texto sem pretexto vagando pela linha tênue do nexo. Sou a dose de loucura que faltava em suas vidas, o limite do underground.

Por ela eu seria uma poesia por dia...

Ela é bonita como uma contradição e eu posso vê-la onde ninguém mais consegue.
Ela está aqui comigo, mesmo que como figura de linguagem.

O nascer do dia é ponto de encontro de todos os paraísos, lá está o nosso sorriso.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Pontos Finais.

A mente grita por descanso.
Grito: denso e corrosivo como enlouquecer lentamente.
Aos poucos vou chegando no limite de mim.
Será o fim?

Ainda sonho, portanto respiro.

Meu corpo é meu templo.
Do meu altar se vê de tudo: homens e vilões, mulheres e anões.
Que sonham com paixões, vivem conflitos e tensões.

Do paraíso ao inferno.
O mergulho intenso no eu é seu
Poeta delirante de palavras sóbrias.
Um mero contador de histórias.

A metade exilada de mim.
Saudade latejante.
O inesquecível aparece a todo instante.

Ainda sonho, portanto respiro.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O Drama do meu Universo.

Por onde eu andei todo esse tempo?
Num domingo frio e choroso, vejo no meu universo um turbilhão cheio de rotas e voltas moldando a minha situação agora.

Penso em voz alta:
- Eu nunca estive tão sozinho.

Entro no ônibus, sem o ultimo adeus.
Na sinceridade dos meus olhos, uma lágrima desce macia e plana como se estivesse refrescando a minha alma, muita calma alma minha. Então se senta ao meu lado a saudade.
Aos trancos e barrancos eu vou levando, mas como eu vou me encontrar se não sei onde procurar? Talvez a resposta esteja no céu onde o começo é também o fim.

A mente a deriva, lembranças do universo da menina que não tive coragem de conhecer, se eu ao menos pudesse a ela dizer:

- Garota existe algo invisível e mágico entre nós dois, você pode sentir?

Já passa das 23hs estou na rodoviária. Vem e volta, vai e chega.
Só peço que a felicidade não demore a aportar junto com aquele sorriso de criança que costuma estar sempre por perto.

O show acabou por hoje, fecho as cortinas e volto a ser o coadjuvante que canta bem baixinho. Agradeço ao publico pela paciência.

Amanhã não seremos nem o que fomos nem o que somos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A Minha Planície.

Tudo está como deveria estar.
Sirvo-lhe um trago de vida, escondo as minhas feridas e faço o meu show para entreter você, estamos a caminho da perdição, meu amigo. Nós temos um ao outro, bloodmarys e sorrisos.
O momento era apimentado e você diz:

- Pessoas dizem que estamos errados. Fodam-se.

Era isso o que eu admirava na amizade, a sinceridade. Basta um olhar para saber o que ele pensa. Com amigos eu já vi estrelas, o pôr e o nascer do sol, já dei cambalhotas e piruetas. A amizade completa a vida e vice e versa.

Do lado esquerdo do peito: faço novos e conservo os velhos amigos.

De dentro do sentimento, no recreio da vida eu vou levando por caminhos estreitos. Prefiro chamar a vida de essência. Essência do crescer, do evoluir, do emocionar, do sentir...
Como diria o poeta “a vida é a infância da nossa imortalidade” e eu pra sempre quero ser criança.

Meus pais querem saber quando eu volto.

- Já deu minha hora. Faltam 2 dias.

Perto da goma
longe do barulho
longa viagem
no peito orgulho
que carrego:
malas e pensamentos
distraídos e abstraídos
aqui eu cresci
aqui eu recarrego os fluídos
a paz que preciso
o samba querido
um poema escrito
lembranças que voam
me reencontram
em casa.

terça-feira, 17 de março de 2009

A Garota do Tapa-Pescoço.

Hoje não estou pra nada. Voltei as raízes da poesia.
“Lembra de mim?”
Eu tinha aquele sorriso sem fim, e te observar me anestesiava.

Hoje não estou pra samba. A minha sombra, minha sobra que por ai vaga cantarolando enaltecida e embriagada deságua nos teus retratos.

“E no meio de tanta gente eu encontrei você...”

O mar é onde eu busco a inspiração. Ancorei onde eu queria estar, somos livres o vento bate a nossa face. Desperta e provoca essa vontade de ir além, de conhecer o horizonte atravessando as barreiras do possível. (atravesso os continentes)

Onde está ela? Perto daqui ou tarde demais?

Ela é potável. Ela é um peixe voador e felizes são os peixes que vivem flutuando.
Seguro meu fôlego e a transformo em inspiração.

Hoje está tudo tão verdadeiro como céu azul.

domingo, 15 de março de 2009

Carta de Despedida.

Por anda a minha alma? Será que ela vaga?
O dia já nasce: estou a filosofar.

Uma melodia nostálgica para o coração dos meus ouvidos que procuram um motivo, uma razão, um sentido para estar aqui e não ali.

Mais acolá penando, viajando onde o vento é brisa. Ao longo do dia eu penso nas doces cachoeiras que desenham o teu rosto, meu bem.

E cantando eu vou seguindo em frente, recordando de te ver nascer no horizonte.

Olhe preste muita atenção nessa canção que eu te fiz, bonita.

Interno na minha imensa solidão, desenfreada na velocidade do vento, na velocidade do tempo que até hoje desconhecemos. Já cresci, agora não posso mais mudar estou no rumo do desconhecido, preciso ficar sozinho como um pássaro no ninho.

Eu vou pra longe, meu bem, mas quando eu quiser ficar leve e não puder te tocar vou te imaginar no alto dos meus sonhos, barrando a saudade.

Hoje eu canto a tristeza real e dela eu só fazia fantasia.

PS: “É amor tudo o que eu sinto longe de você”.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Bar do Joca.

Cheguei feito malaco véio em samba das antigas lá na terra da garoa.Cumprimentei os camaradas em tom de exclamação.

Brindes e beijos: a boemia está declarada.

No gingado dos tamborins tupiniquins, na altura das espumas e por cima dos copos estou em casa, reencontrando a rapaziada.
A patuscada toda em volta da roda, a noite contagia os ares paulistanos.

Paro para observar os becos e esquinas que me tornaram o que sou.
Diga-se de passagem: orgulho pulsante que tenho em falar da minha terra.

Chama mais uma birra.
Esquece os problemas, conte a sua teoria embriagada. No bar tem mais bocas do que ouvidos, aos poucos se perde os sentidos, lá conheci os perigos.
O tempo voa, a alma soa e entre amigos está tudo 100%.

Como diria my brother sangue bom: “tá tudo na tranqüilidade.”

Pururuca, torresminho, o famoso provolone frito.
Nós saudamos os bons tempos morrendo de saudades.

E eu pergunto:o que faz a noite tão bela?
Ser a loucura exaltada ou ser a melhor metade da vida.

Dama do Coletivo.

Ela é mistério
dona de si e do nosso desejo
na cabeça dúvida
no coração lampejo.

No coletivo
coletivamente desejada
praças, ruas, esquinas e ela
graciosamente sincera
na fila de espera do seu olhar
o povo.

O meu ponto se aproxima
próximo ao destino
verso repentino
drama coletivo.

terça-feira, 10 de março de 2009

Passe de Mágica.

Desvende tudo o que eu posso ser essa tarde. Deitado no sofá, olhos na TV e a cabeça voando um pouco mais longe por cima do oceano, tentando achar um lugar que tenha a verdadeira paz espírito. Realmente acreditaria que posso voar e que está tudo ao meu alcance, se ao menos eu tivesse as respostas, se eu pudesse ver o os olhos do amor.

Meus amigos me disseram que amar é simples como dormir observando as estrelas, porem eu preciso ir mais fundo, ver cada sonho, descrever cada beijo, acariciar e respirar cada pensamento, doar toda a minha ternura para sempre. Cada segundo seria um conto, uma história que eu escreveria a punho nu nas arvores do jardim da perdição.

Por incrível que pareça hoje eu não tive medo, estou viajando nas estradas, nos mares e no céu que me abriga. Podia ser um dia como qualquer outro, mas o tornei especial, eu diria que hoje o dia está claro, as nuvens se abriram e a tristeza desapareceu.

Sentados a meia luz eu e ela trocamos nossas primeiras palavras, naquele momento eu percebi que jamais cairíamos na cruel rotina, as cortinas foram abertas.

Um olhar, um encontro ao acaso.
Um passe de mágica: a possibilidade de te ter ao meu lado faz tudo valer a pena.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Maior do que as Palavras.

Hoje eu não estou para música. Horas justa, horas injusta essa é vida que declina e deságua diante dos meus olhos curiosos.

Sim, procuro libido desenfreado, é aqui?
O que você pode ver? O que você pode sentir?
Eu ainda estou tentando descobrir até onde vai o amanhã.

Não, eu não tive um rito de passagem, nunca. Prefiro estar distante, onde os pássaros não podem cantar, onde o homem esqueceu a amar. Do colorido ao incolor, o mundo é cego.
A noite começa a brilhar, estrelas e desejos me dão vontade de ficar e contar histórias de lugares onde eu nunca estive. Tenho imaginação, mas não sou metade do homem que eu já fui um dia. Pensando no futuro, ignorando o passado a verdade é uma queda livre.

Inclinando a mente, pensando diferente. Tudo gira como copos de tequila e amanhã eu vou dormir para sempre, respirando com a ajuda de pensamentos. Internado em mim mesmo, devoto da rebeldia e do amor, me deixa eu só preciso andar e andar.

Aprendi o que realmente era a escuridão, quando me esqueci de ser criança, as marcas que ficaram são de grandes. Sangue e lagrimas revelavam que na vida existia males maiores do que na morte, pelo menos para alguém.

Pessoas me acham louco, me desculpe por envergonhar você meu coração é pequeno e está partido, cometi um crime do qual não posso me arrepender, perdi a minha memória, agora só espero uma resposta.

Amo você eternamente, no céu ou na terra.

RESTOU-ME APENAS GRITAR EM SILÊNCIO.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Minha Passagem Poética.

Brincadeiras e sorrisos que a mente desenha sem pedir licença, produzindo o desejo que deságua no mar do prazer me tornando invencível por alguns segundos. Isso é bom.
Pedaço de mim. Interrogação por inteiro, mais alma que corpo, deslizou rumo ao pote do orgasmo, descrevendo cada milímetro percorrido como se fosse o último. Origem: poesia.

Exaustos de amar, cigarros acessos, nada mais é necessário porque eu sou um naufrago e teu sorriso é minha salvação. Olhos rachados, vejo o céu da varanda da paixão, vermelho e abrangente com o fim de tarde no interior. Molda-me.

Você já teve vontade de voltar no tempo? Eu já embarquei.
Desintegro as palavras e dimensões. Em alta velocidade foi aberta uma fenda no meu eu. Raios de manhã me nutrem, sou herança do sol, filho do céu e aqui me sinto em casa.
Eu sinto a música, ela me leva...

O que sobra no coração e sai pela mão?
Sentimento: poesia.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Preguiça.

Nebulosos são os fins de semana que eu não quero sair do meu quarto, exercito a minha preguiça física e mental, ficando por algum tempo em estado quase vegetativo. Só. Assim fica mais fácil, mais confortável pensar em tudo o que as próximas folhas me reservam.
Destranco meus pensamentos mais bizarros, que saem naturalmente defecados em versos e prosas que muitas vezes não fazem muito sentido, pra quem lê, talvez quem pra sente, quem vê tudo com outros olhos, e não necessariamente queira enxergar com os meus.
Há algum tempo nesse mundo, as pessoas me dão arrepios. Cada um quer se desprender do que é. Existir, pensar ou sentir não basta. As mesmas me pedem esperança, estou a anos sem praticá-la, talvez seja a preguiça que não deixa ou tempo que passa e faz cicatrizes elevando a minha sinceridade poética, amplificada e fodida.

Acordar é bom quando vale a pena. Horas em outra dimensão amando, em estado febril e delirante. Construindo sentimentos sigo moldando um caminho, as vezes acreditando no destino. Voando livre pelo mais belo e colorido território da imaginação, sou qualquer coisa, não tenho razão como um raio intenso causando estardalhaço, um choque de pensamentos.
Eleve- se ao próprio questionamento. Consuma-se, sonhe...

Eu sempre fui bom em odiar, não eu nunca tive um herói.