quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Entranhas estranhas.

costurando entre as linhas, ocupando espaço entre as letras
em espeluncas, agredindo pessoas,
sinto um prazer orgásmico, um tesão surreal
e prometo nunca mais olhar nos olhos de um ser humano

sei que ando repetitivo, mas dói tanto e você nem sabe
fui envenenado pela maça e só vejo imagens carregadas
e o mais engraçado é que nunca me senti tão puro
vaidoso e autodestrutivo, ao mesmo tempo
a hora se aproxima enquanto o mundo me suga pelo vácuo

a dor dele é tão bonita,
adoro seu edredom com furos de cigarro
seu chão de mentira e escarros
e sua voz de anjo transparente

o que é o amor, se você nada pode?
meu destino está traçado...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Salto alto nos bagos.

Bom, se você vive no lixo você tem que revirá-lo, você tem que provar pra sentir, nem que seja pra inspirar (respirar!?). Sigo ----- mais trincado e introspectivo... vivo, assim. Cansei, posso me dar a esse luxo. O meu tempo está se esgotando e o seu também, isso é fato e nada se pode fazer.

A merda é contagiante, eu mesmo amo televisão.
Você vai viver e viver, por viver e para viver, e só...
viver pra esconder e se esconder, seu bastardo apocalíptico!
Anjos, peço, me mostrem a revelação,
a redenção...me tirem dessa internação demente!

Antes de dormir meus tubos gástricos tocam sinfonias pra mim, não tenho pressa nenhuma em fazer caretas, me retorço numa dança tribal e já é agora há tanto tempo. Desde a primeira vez que eu quis, nunca foi. E eu nunca fui feliz, feliz, feliz...

Um convite a agressividade
todos falam e poucos sabem
sempre supérfluo, agora sozinho,
mas ainda menino
de novo, pare e leve na brincadeira.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Falta de apetite.

Todo dia, silêncio antes do caos
me sujando pra me sentir limpo
pensamentos carregados de imagens infestadas
vidas e histórias alinhadas
e...baby...sigo na sua linha
parado na esquina

Pra ser sincero, essa é minha razão de viver
distante do sonho americano,
dá pra entender!?
ditador, vitalício, viciado
único e amaldiçoado

A espera contagia mais que falta de pigmentação
montanha russa nas vísceras lotadas de fluídos invisíveis
estou cego, mas sinto uma hemorragia de inspiração
meu estômago está devastado, pare por favor.
Amém.

Tudo não passou de um mal entendido.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Era uma vez o que Era pra ser.

Fim tarde, eu estava solzinho

vivendo prazerosos segundos,

que poderiam muito bem ser os últimos,

ou os primeiros de uma Nova Era

espera, respira, pensa, chora, dança

distância ………….. (amor)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um jeito diferente de ser.

Está tudo bem, só vou me machucar
tudo bem, uso meu sangue para pintar
e, me,
inspiro na falsidade humana.

Pode sentir meu ódio concentrado?

Quero ser o herói que nunca tive
existe um jeito diferente de ser igual
sonhos me mostraram...
E dói menos quando isso acontece.

Agora, poesia, nunca tarde
faz em mim acontecer.
E, foda-se, ainda vejo uma criança nos meus olhos.

Cante a sua música...

Que tal me apresentar com olhos de galã?
Que tal o mundo se juntar, se abraçar e dar um sorriso falso?
Que tal explodir minha cabeça e você recolher os miolos?

Posso ficar sem comer
até secar
gosto de ver,
definhar,
no meu show faço acontecer.

Morar em mim é difícil...

Iluda-se, mais uma vez.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Moldura.

Você pode destruir sua rotina, todo dia
Você pode amar sua pátria, todo dia
E você, é você mesmo -todo dia?

Procuro um grito no escuro.
Procuro ser eu mesmo.
Procuro a menstruação da primavera.
Procuro,
achar.

(mayday)

Como o rock invadindo a festa
aquele medo gostoso,
vem junto com o prazer de tocar a sorte
e ter um orgasmo
terno
e
terno.

E ainda tem gente quê, da janela, vê o mundo pequeno.

Experiência incrível.

Escorrendo entre as linhas do pensamento,
isento da realidade
tudo que vejo pra fora de mim é mera viagem.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bom em odiar.

O poeta é sempre imprevisível.
ora cabeludo,
ora pelado,
ora pequeno,
ora dotado.

As minhas palavras gostam de quebrar linhas, agora não! Conversei com elas pausadamente, durante um mês, na maior experiência humana da minha vida, livre. Sentado na minha mente, virei o pensamento ao contrário, e pela primeira vez, não me senti preguiçoso.

- Não!

Minha auto-relação é umbilical, fruto de um gesto inesperado. Desde embriões os homens procuram o ponto de encontro da raiva com o ódio, eu já estive na fronteira do amor próprio e não pulei. Estive lá sim, toquei as extremidades dos sentimentos de leve, reparei em cada sinapse, senti o gosto e a depressão de cada pequeno pecado no ritmo e harmonia da minha natureza.

- E me envergonha! E me mancha!

Sai pra fora do vazio, esqueci das risadas e dramas por mais contagiantes que fossem, das palavras e também das meias, apenas sorri e materializei a minha alma porque posso ser qualquer coisa, qualquer coisa!

Escolhi ser poesia porque minha imaginação é quem me acolhe.

Imagens alucinadas,
Imagens alucinadas,
Nirvana,
Nirvana carnal

Vazio como um peido.
Again.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

a benção da camponesa.

soul minoria, não quero só existir,
quero fazer sentir,
quero dançar
música eletrônica na montanha russa,
quero vender
indústria de fazer doer,
quero desistir
e o mundo serve vendas de bandeja,
aonde quer que você esteja

a maioria me elegeu minoria,
por mim tudo bem
soul eu que sobre os restos dos muros grafitados vou descansar,
na penumbra dos postes cinzas
da paulicéia enfumaçada,
suja e crackada
e infestada de inspiração

soul minoria porque posso tocar o céu e descrever exatamente o que senti

sábado, 13 de novembro de 2010

Vídeo Poesia

Minha poesia com os retoques (cinematográficos e detalhistas) de Marcel Mallio, aproveitem e VOTEM no filme!

http://zooppa.com.br/ads/riachuelo/videos/riachuelo-pra-quem-tem-identidade

Bye

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

algum dia.

está partindo, está faltando
está intenso, está alterado
está cego na janela, está a espera
está numa viagem astral-mental
está doente e mentalmente abalado
está sem voz e não faz questão de gritar, mais.

algum dia esse dia vai chegar
e tudo vai, vai se misturar
como na minha tela,
a minha maneira de ser
estando,
agora em silêncio.

algum dia.

sábado, 6 de novembro de 2010

My Bad.

Gosto da agressividade em todas as suas formas
Como na escola, o mundo da notas pra nós
Está cheirando, está fedendo, e eu estou acostumado
Nascemos travestidos, para se esconder nos travesseiros.

Desculpe, falhei.

Gritarei até explodir o coração, porque preciso da arte
A vida real não existe, queria poder acordar no céu
Ou apenas respirar.

Sujo e sem dó, é o fim
E dói.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Você me deve um devaneio.

...a barba cresce, a mente padece e nada parece ser o que é...

nenhuma música cabe nos meus pobres ouvidos, ( - !!!Pobre de mim, isso sim!!!)
nem se quer uma prosa me tira de tento, ( - !!!Mas eu permaneço atento!!!)
nenhuma rima sintetiza, muito menos ameniza. (-!!! Ah, vá viver de brisa!!!)

é foda viver duas vidas e não ter duas caras. ( – !!! É foda ser uma obra de ficção!!!)
o homem mata com habilidade pra sobreviver. ( - !!! Viver é melhor que sobreviver!!!)
minhas lágrimas são de vidro e eu não existo. (- !!! Eu nunca estive tão bem antes!!!)

estou tão bem, porque vejo meus reflexos nas palavras ( -!!! Mate a morte!!!)
estou tão cego, que ótimo, prefiro não ver
estou sozinho e sobrevivendo (-!!! Alienando - respirando!!!)

um Zé Ninguém no paraíso (-!!! Ir, ir embora. Já estou velho, portanto morro de medo!!!)
um delírio errôneo do pensamento (-!!! Preciso respirar mais que as pessoas normais!!!)
um esquizo que perde e encontra (-!!! Necessito ser mais intenso, desculpe!!!)
uma coisa de momento (-!!!Me sinto, Filho do Vento!!!)

...me dê a sua mão...

sábado, 23 de outubro de 2010

O lixo é contagiante, eu mesmo adoro TV.

O tempo está pra sofá. Nada acontece, nada se move, tudo está (e não está) nos conformes. Tenho vivido situações clichê, não tem um diário, nem um só parecer. Ando enraizado, pensativo, eu diria até, introspectivo. Tenho saudade do mar, de respirar, reviver e materializar sonhos em canções – viajando ao desconhecimento. Restou a música e o vento, que dançam bem aqui na minha sala de estar, sem pressa e sem questão de status. Vivo.

Hoje tá pra reggae. To pra lá. Fui sonhar na janela, perto do céu, vou fazer certo, pensar reto, amaciar a minha alma e deixar a vida rolar.

Quem cravem a palavra no meu peito
eu soul de alma, soul alquimia, sintonia e poesia – explosiva
alternativa rara, palavrada dada
inspirado nos cristais da água,
vivo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Salto sem asas.

Ouvi dizer que um sonho nunca morre
me afundo nele pra sentir
me gusta gostar
vou me inundar,
de novo,
dar um passo pra fora de mim mesmo

bem leve, bem breve, releve
solos de guitarra afogados em depressão
deixo a música explodir nos meus ouvidos
vejo em frangalhos os sentidos
é tudo em mim, é tudo sobre mim…

ela diz “você é impossível”, ela diz “você é mediocre”
ela diz “eu te odeio”, ela diz “eu te amo”
paz é só o que ela quer, voar ela também quer…

aonde eu estava?
sonho ou realidade?

ouvi dizer que um sonho nunca morre
me afundo nele para sentir
soul eu refugiado na minha cama
meus lençois, são minha bandeira
em posição fetal, trabalho de parto
MAYDAY, MAYDAY, MAYDAY
amparo, amparo, amparo..

Não quero morrer, quero desaparecer.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quando não escurece.

Nem sozinho consigo me esconder
Tudo está quieto, o barulho está em mim
Ele viaja veloz pelas veias matando os neurônios
Perspicaz, como mais poderia ser? Eu...
Fico imaginando, e imaginando...
Pra onde vai? Chegou por onde?
Nunca é para sempre, o nunca é para sempre...

Sabe quando a razão nos esconde o infinito?
Tudo de uma vez, queima e queima
Não quero acordar, vou me fingir de idiota
Mais uma vez: menos é mais

É como sentir um alfinete no coração Bem de leve, como uma aflição E o estômago descer de elevador sozinho
Escorrendo todos os fluídos, num vem e volta gostoso
Porque eu adoro sofrer
E essa dor é tão boa pra sentir de novo

Leve e longe, mas nem leve, nem longe o suficiente
Pode não ser eu, mas é melhor que você
De um tempo e sorria, mantenha sua postura idiota
Passando pela garganta, seu scotch te põe em evidência
Mas você continua um porco suado e surrado

Eu gostaria de criar novas poesias e fantasias
Novas flores e estrelas, mais claras, menos negras
Eu gostaria de ser a sua overdose de endorfinas
Amamentar os teus pensamentos mais profundos,
ser o seu escudo.

Eu soul uma farsa.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Brilhante & Claro.

Onde está você agora?
A sua peregrinação termina em mim
Onde a angústia tem fim
Em mim, sim…

Outra vez, esperando
Me doendo, me corrompendo
Me estragando, me fundindo (fudendo!?)
Em um só, ao avesso invertido
Contido,
em falsos sorrisos

Eu gostaria de poder cantar
Vou deixar minha personalidade explosiva explodir,
ebulir, se envaidecer, estourar, aparecer,
quem sabe até me matar

Carne de boneca, filé de sabedoria
Dedo de anão, mão vazia
Massacre, o meu, o seu, o nosso
Eu posso, eu não posso
Mudar…

Eu odeio - me odiar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Por Favor.

Tudo que deixei ir, ir e ir…
As noites acontecem e amanhacem
E os pesadelos parecem não partir

Não dá pra medir a dor,
Ela acaricia para depois machucar
Pare, por favor
Por favor

Gritos dentro de mim, vão explodir
Ecoar sem noção pelos ares,
Vejo o mundo aos pares
Sozinho…

Deixei tudo ir, sem me despedir
Eu preciso crescer, parar de me esconder
Vou esperar, ver o sol nascer
Quem sabe tudo volta…

Não dá pra medir a dor,
Ela acaricia para depois machucar
Pare, por favor
Por favor
Por favor
Por favor
Por favor

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Libertinagem & Amor.

As palavras que nunca foram problema, agora são. Não tem por onde começar, sinão pela falta de sintomas criativos e pela dor imensa que sinto desde os dez anos de idade. Antes de dormir, mais uma vez rolando, universo que soul vem até mim num encontro casual, informal e diário. Ele diz “está tudo mal…” e também “é normal você sofrer no seu eterno silêncio..."

Quando ganho as ruas, mais solitário que nunca, aproveito para refletir, deixo o pensamento voar em uma luta incendiária contra a consciência. Estou me matando, as rosas já morreram, as pessoas seguem sofrendo – tudo ao meu redor – e ao mesmo tempo.
Não exergo a capacidade, isso dói demais! Porra aonde está aquele sossego infantil de antes? Parece que tudo se partiu, e se transformou em moléculas perdidas no tempo. Num tempo distante e lúdico. Crescer é ver o mundo sujo, viciado e doente. Isso é tudo que a vida me ensinou até agora. Tudo.

(...)

Oh minha senhora, perdoe meus pecados infames
só você me olha com olhos de glória
se meu coração quebra, você tem a cola
e transforma a tristeza, num sensação passageira
eu adoro quando você me da banho, menina
além de amor, você me passa algo materno
quando deito no seu ventre e tu amamenta meus devaneios
e sonho em paz.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A(mor)te.

Somos duas bombas em potêncial,
explodindo em uma pintura psicodélica
misturando nossas cores e crenças
temos tudo incomum,
e eu achava impossível não ser clichê,
nós não somos…
E não tentamos não ser,
por instantes na nossa fusão
nos tormamos invisíveis as palavras
minha alma é porta dos seus sonhos
e vice-versa. Isso é vida ao reverso.

(Todo dia é feriado, todo dia deveria ser…)

Me despedaça, para montar depois
melhor ainda, me tira da asfixia,
pedaço por pedaço, sentimento por sentimento
um toque fora do comum em mim,
um toque fora do eixo,
quero rever nossa história em um porre sincero
e quero ser o sintoma da sua alegria…

Léo Castelo Branco


ps: O amor é uma doença incurável
por mais que se sinta não é suficiente

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

(...)

Eu chorei, quando um irmão seu me contou que você voou...pensei “tão próximo e tão distante”... surgiram as lágrimas que nutrem essa homenagem. Tudo dói, e eu só queria respirar, queria que a vertigem passasse, queria fazer alguma coisa. Como dói. Difícil respirar, mais ainda pensar. Se puderem me sentir, ao menos ouvir, prometo esperar todas as manhãs, a partir de hoje, um sorriso no céu...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tapanacara.

O punk rock me tirou do coma, foi papa-pum e aconteceu
E você!?
Já percebeu como é bonito quando o corpo age conforme a música?

Estamos a um gole da imensidão e quero mais...
vou poluir (a)tua mente,
pichar o teu cerebelo e bagunçar todo teu sistema nervoso
minhas caretas vão ser o seu estado lisérgico ao natural
soul seu pesadelo ao som de trash metal,
já faço parte de você.

Amamento suas vontades mais bizarras
seu tesão desnecessário,
sua doença particular,
pode até me dar um nome
como se fosse seu cachorro de estimação...

Como látex: uma secreção do que você é.

D7.

Envolto em luxúria e mediocridade, aqui estou.

Toda noite eu sangro, me entrego
viajo no ápice
sendo sincero ou… ou sendo medíocre?

Clara noite em claro
sem brilhar, sem sonhar
e com AMOR…

Abriram meu coração com dedos médios
sinto tudo, sinto muito
mundo, meu mundo
medo, medo
nunca, nunca errar
em sentir dor

Paralisia de preguiça
marasmo sem sonoplastia
alucinacão passageira
enforcamento umbilical
masturbação senil
pensamentos inglórios
dor anal
sensação vital

eu me odeio, SÓ QUE TE AMO!!!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Urbanóide.

Alta estima, confere, me ensina
aprendendo na velocidade do vento
conhecimento, momento de inspiração
pelas calçadas encharcadas, paredes pichadas
mentes respingadas, mal influênciadas
me sobressaio sob a ótica mundana
urbanóide, personagem controverso
as pessoas amam me odiar
enquanto me movimento
e faço a mente levitar
inspirar, mais um vez
é tudo meu, é tudo nosso
sentimento e poesia
a mais perfeita simetria
vivo alimentando a rebelião
nos pensamentos, sempre atento
batendo no peito, se é vem pra somar
acontecer e realizar, sem zica, sem vida bandida
essa é a lição, a profecia.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pedaço de expressão.

Peço licença pro progresso, materializo meu pensamento em poesia

é noite, é dia, é fantasia. Aqui e num vasto de sensibilidade,

vontade de correr e gritar sem parar, quando a dor age

parei na janela,

vejo mundão, inteiro, céu e chão

calmaria de oceano, ventania de rebeldia

hoje foi dia.

Não escolhi a poesia, ela me escolheu.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Drogado.

O céu está vermelho-amor, os olhos em chamas. Espero, contemplando o mar-alto-azul. Expandido o “quero que se foda”, amando o “aproveite cada segundo”. Não sei, às vezes me sinto tão clichê, cagando sangue e palavras numa diarréia de auto-conhecimento.

Não sou metido a escrever, soul a escrita. Possibilito você ver com meus olhos, sentir com meus sentidos, voar com as minhas asas, dormir o meu sono e sonhar os meus sonhos. Posso muito bem iludir você, tornar seus sentidos num faz de conta –que acontece-, burlando os pilares do bem e mal.

A violência é explicita agora. Se você durou até aqui, já é parte da minha viagem e estou feliz por não permanecer sozinho. Mas, quanto tempo isso vai durar? Por mais quanto tempo vou voar?

Todo dia, paranóico
Todo dia, metódico
Todo dia, insano
Todo dia, negro
Todo dia, colorido.

Uma ideia é um paraglider na minha cabeça.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sensível ignorância.

Ouvi o menino, com e sem destino. Lembrando os velhos festivais e olhos castanhos mais uma vez, quero a música calma. Por dentro, meu coração é uma bomba atômica de cores sensíveis e palpáveis, por hoje soul só expressão de pensamento.

Botando fogo na noite, selvagem e jovem. Cheio de vida e destruição, por dentro e por fora: libertinagem. As ideias explosivas têm tomado conta de mim, do meu ser.

Aos passos firmes vou buscar minha loucura sob um rastro de sobriedade....e me pergunto: - “como pode surgir algo tão bonito da minha aflição?”

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quase tocando um desastre.

SIM
tenho fome
soul cheio de tesão
alguém aqui,
alguém quase-você,
qualquer lugar, além
dessas paredes, estar
ser, amar, masturbar, ejetar
(ejacular!?)
quando as luzes se vão, música
vem mais, faz mais sentido
atravesso continentes só com imaginação
pulmões jovens cuspindo sangue
numa pintura em tela de pele
vermelho derretido,
morte e glória
faça sua escolha...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cinema & Depressão tonight.

Escuro por dentro, amargo e sedento. Viu, só? Sei fingir como ninguém. Me escondi tanto que até me perdi...ser normal é tão complexo. As pessoas, aquelas de verdade, continuam a me assustar, forçados e vestidos numa prosa pontuada, trutas, lá vamos nós.

O que eu queria? Seria só poesia... paz, amor e entendimento.

Precisamos nos fazer felizes, nem que seja no escuro, nem que seja tudo mudo. Mas é possível? Sensível e impenetrável sorriso. Podemos mudar all, só fazendo barulho?

Essas palavras são duvidosas como uma geração e, sei que, difícil é cresCER. Foda, ver o tempo passar cada vez mais rápido, você diminuindo a cada passo até virar uma miniatura.

Ôôô Deus....paira minha consciência. Continua e faz bem...
Ôôô casa, ei família...só me respira...

Nós somos o que precisamos. Tá dentro.

Inside amor.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Caranguejo.

acordei e olhei
salvação, revelação
estava lá...

milagre dos ventos, rosa
sensação uivante, cama
você sabe o que é
sabedoria espiritual?

ritual...

almas dançam, fazem amor
calor é invernal
o mar de cana
com cheiro de maresia
ameniza

a música está lá
nas ondas,
soul d'água.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mal me quer

O que vai ser quando a verdade florescer de verdade?
A vida vai desmoronar ou ela vai recomeçar?
Só fico nisso a pensar...
e de tanto pensar pifei

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cama que (en)gole

Como se a loucura não bastasse, mais problema
como se o tempo não voasse, me fecho
me avecho , me provo, me mato de preguiça...

ódio e rebeldia em uma poesia
do poço, no fundo
as dores cruzam meu corpo
em toda a sua extensão, sinto falta
irmão

como se não bastasse, ainda não me orgulho...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Como é bom vê jah.

Pra falar a verdade, eu adoro essa anarquia que me rodeia. As prosas são sorteadas na loteria da poesia. E a palavra é viva, escrita, imortal. De perto, meus doces devaneios de noites de transpiração intensa. Odeio essa mania de transformar tudo num roteiro cinematográfico.

É difícil...realmente...encontrar alguém mais louco que eu.

Quem é você quando alguém grita?

“Du rock pru reggae”...ouvi.

Tendeu?

Pra lá de logo ali...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gâmeta dê progenitor.

Me mantenho limpo? Me corto? ACDC ou BEATLES? Céu...verdade ou mentira? Me rebobino? Ou continuo assim? Que personagem soul hoje? Tem cigarro aí? Cicatrizes de infância?Algum...vício?Medo de se expor?Mais um dia? Vamô lá...

Como aconteceu.

nem acredito mas estou me precavendo.
luas voadoras, noites rápidas (leia isso rápido também)
só tão só, horas são?

somos coisas estranhas,
estranhas
na veia que incita poesia
tudo, em mim, acontece ao mesmo tempo,
peço(a) desculpas.

Um apanhado de histórias sobre nada.

É tão bom quando escuto uma música que lembra a melhor fase da minha vida. Justamente hoje, que desisti, não busco mais significados para palavras e desenhos, tudo é definitivamente do jeito que tem que ser, independente do destino, aliás já até acredito que ele não exista. Estou dilacerado por dentro e você nem consegue ver. O mundo? Ele quer me sugar…

As vezes, sinto que vou perder o controle, que vou me deixar levar pelas emoções, mas a minha frieza é tão profunda que chega a ser quente. Picante e vermelha, como a raiva de um serial killer. Posso ver meu coração evaporar aos poucos na ebulição dos sentimentos, e por incrível que pareça, acho sublime.

Meus fetiches aparecem quando é tarde para pensar, os carros já descansam e o mundo para. Eu não. Pelo menos, tarde da noite não vivo entre aspas, soul quem soul: um artista e até com um certo estilo.
Sozinho.

Música prossegue porque é preciso. Sigo nessa meditação chapada, busco algo mais que frustração, olho pra estrela mais alta que céu já inventou e viajo até meu olhar rebelde voltar e rolar no chão. Esqueço meu gueto. Negro e insano.

Já passa das três… é possível educar o coração infantil? Juntar os cacos e montar o quebra-cabeça?

Já passa das três…e a loucura exuberante está chamando.

Coitadinho.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Evaporando.

Tudo está seco:
alma e palavras
entranhas fadadas a rotina do destino
veias solidificam, viram raizes
sumiu,
aquela eterna visão arco-íris
(e)negrou
mundo meu.

Realidade, dá nó, nos sonhos
tudo está seco:
lágrimas e vinhos
sem poesia, sem traços de resistência
sem nada:
seco,
porém vivo.

Tudo está seco:
sem embalo no ventre
doente e emburrado,
empurrado pelos ventos do destino.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Hábito de rasta.

Vidas e dimensões, televisão: televisões. Pensamentos negros, aqui.
Notas ecoam e voam, o ouro foi dado aos tolos
noite, fogueira, voz alta
é junho invernal, lado sul da fronteira
traços fortes no meu rosto
mais aquém do além
porém,
poeta.

terça-feira, 15 de junho de 2010

NIRVANA.

Eu não nasci, fui feito.

Assim, desde de pequeno observo meus cabelos crescerem, junto com os girassóis nos campos de uma imaginação louca e exuberante. Vivo. Sentindo as horas passarem, acho que, por isso desde pequeno meu sonho é parar o tempo.

Refletindo alto, com minhas asas. Maior que tudo, hoje, purifico não só o meu coração, como o seu também. Quem dera essas palavras terem o poder da fé, mas elas vem do espírito celestial. Vem também muitas energias, azuis e vermelhas, vejo um traço rasante nos olhos do céu e agradeço.

Dia belo, amanheceu. Bela glória da manhã, seja bem vinda.

Toda vez que fecho os olhos penso que é que sempre. É fácil e tentador, se perder nos pensamentos. Tocá-los, ejetá-los e masturbá-los. Danço agora: música vida.

Viagem forte e Deus dentro de mim, parte de mim.

Poesia que sara, fala de paz, amor e empatia: completamente viva. Quem sente, sente pulsar na veia do poeta, como vento, sensível porém invisível.

Soul feito de emoção, empatia e muitas palavras, algumas até que não existem nos vocabulários banais. Tudo bem, sempre deixei as banalidades de lado. Só quero o bem de todos, por incrível que pareça até dos meu inimigos.

Eu fui feito pro amor.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Estupro dos meus pensamentos.

Não quero ouvir a música, quero entrar dentro dela
surfar por cada nota onde haja vontade de gritar
vou morrer tentando, eu juro
vou tentar morrendo, eu-escuro

Estou realmente assustado, me vê do avesso?
é chegada a hora, que palavras não valem nada
nem ao menos uma ideia ilustrada
na cara
dura.

O mundo é quem toma as decisões trágicas
o homem é apenas o engenho da estupidez
pensamentos que fazem eco
mente em ecassez
de novo….

Alquimista suicida, alquimista suicida
por onde você andou?
Pra onde você levou?
Teu simbolismo antigo, teu negativismo

- Hein?

Vou morrer tentando, vou tentar morrendo
a minha ”GRANDE OBRA”, a minha sobra
o feijão-com-arroz da vida, essência primária
de um aprediz sem cheiro, feio
e movido a desejo.

Sintam-se felizes e superiores em relação a minha pessoa.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O artesão.

Não ia a lugar nenhum,
mas tinha um lugar para se esconder
era meio vivo, meio morto
porém saliente,
passos de mendigo entre pensamentos,
tinha um certo fulgor, era dor e amor
ao mesmo tempo.

Vergonha para família, desgosto para família
era a flor da pele, dono de desejos unânimes
o maior de todos dentro do seu mundo,
capaz de moldar a forma do espírito
com as próprias mãos.

Doença mental em ascensão
oh lá:
viajava com as próprias mãos,
acreditava ter o coração de papel
e o cérebro de recortes de jornal

A fumaça invadia seus pulmões
cantando e sorrindo
pileque rotineiro, sábio e sagrado.

Até agora
nunca mais.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Claridade insana.

Quando ela chora, elas choram.
Quando mamãe chora, uma mancha.
Quando eu durmo, eu esqueço.
Quando eu ejeto prazer, eu padeço.

De novo. E mais uma vez...

E se a história virasse estória
o mundo, ah o mundo
não fosse só uma grande tramóia
uma desculpa gigante
perante
verdadeiras apelações

COMO POSSO ESQUECER?

Beijos e formas intermináveis
combustível em combustão
explosão de expressão
mais paixão...

Mais doença, mais desconfiança
vida, oh vida
por quê tu não tens fiança?

Tempo demais em frente a TV
macacos vidrados na fraqueza
horas de outrora
Amém.

**

Nesse mundo papelão é cama
Enquanto isso...
sindicalistas bebem e fumam seus charutos.

Quando padeço, esqueço
Tudo bem.
Quando choro ainda enxergo claramente o infinito.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Tumor multi-colorido.

Perdido.

O que há de errado em sorrir decentemente? Vou sorrir sim, e nada mais.

Todos querem mudar o mundo, veja bem.

Você também.

Odeio revolução, amo caos.

Estado primitivo e guiado pelo instinto. Ainda bem:respiro. Respiro sua essência no vapor, sua vida no vapor. Amor, palavras e atitudes em extinção.

Pra baixo, pra baixo
pra cima, pra cima
pro meio, no meio

Achei o climax. Nos meus bolsos infinitos das minhas calças longas que caem pelas beiradas, no meu tênis sujo de cano longo, nos pensamentos mais sombrios que transformam o homem em poeta. Nos olhos azuis. Da menina de luz.

Poesia é pus, poesia é dedo na ferida.

Estou indo pra longe do que nós éramos, dá pra sonhar?

Voar...

Para mim, tudo imaginável é possível.

domingo, 9 de maio de 2010

NÃO É AQUI.

Entrando-pra-dentro-de-mim-mesmo...viajando, sereno...

Dopado de música sigo, breve.

Tragos e escória, vejo vítimas da podridão.

Vandalismo.

Tão belo quanto uma pedrada num policial.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Locução ambígua .

Focado nos pingos de emoção em cada palavra, rindo como se ouvisse Beatles.

Grifos charmosos dançam enquanto embriago-me, e torno-me uma expressão explosiva cheia de pinceladas nervosas e letras garranchadas.

Sim, quero viver para ver o vermelho virar azul (!!!)
Sim, estou me preparando para o amor (!!!)

Agarrar seus sonhos com mãos sedosas, viajar pelos bosques coloridos da mente, dar um tempo, já era tempo...

Um tempo fora faz bem.

Amém.

Quem tem?

Verdades, tapas na cara e pensamentos.

Preciso, preciso
não-viver,
sentir a vida...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Minha nova obsessão

Não sei, tudo me lembra estrelas.
Céu sedutor.

Rajada de nuvens vermelhas em cima do mundo, agora, estou um pouco mais seguro. Respiro, pausadamente, sem a mínima pressa. A hora é essa, meu sangue já ferveu e meu templo é a sociedade da solidão. Por um segundo estive no paraíso. VIVO.

(TRANSFORME-SE)

Não sei, vejo flores cresceram e fetos evoluírem.

Pela manhã comemos sanduíches de realidade. Levanto questões, elevo-me. Há dias sonhei com esse dia, as cores estavam presentes e a lua surgia num celestial convite. É verdade.

Hoje, vejo coisas.
Hoje vejo as coisas.
Como nunca aqui estou,
fazendo uma auto-revolução.
Conclusão:
Tudo já faz parte da noite.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Como é bom ser vândalo.

Andei por aí - cego e louco -.

As estruturas de concreto fincadas no chão,
vejo ainda cabelos coloridos, pinto paredes
a expressão para mim é essencial. Uma vírgula vital.

Sonoplastia de fúria, misto coletivo de sopros e vento
venho aqui aos passos tortos, aquém da razão
plenitude, aqui estou.

Agora há passos largos.

Sigo de olho na lua,
afinal o tempo é hoje
fiz minha cabeça para viajar
escondi o resto do $
mastiguei a “geração beat”
carreguei minha intenção
quero (vou) simplesmente entrar dentro de um beijo.

E.
Música e poesia, poesia e música
nunca foram tão íntimas.

E.
É a realidade a melhor realidade para viver drogado.

sábado, 10 de abril de 2010

Preciosidade roots.

A garota-mulher que dançou twist
com minha alma
é aquela que trilha por versos
eu a amo e desisti de me conhecer
compadeci, virei poesia de dois
e meus cabelos estão alegres.

É inverno. Tudo é terno.

Sinto. Cada gravidade da música
faço parte dela, soul humano
e tenho saudades.
POR-QUE-ESSA-PORRA?

Na levada da dança,
acho o brilho do inverno
não canso de olhar o céu
lá algo há, paz de lá se colhe no pé
cheira orvalho da manhã
plantei a semente,
preciso (é) ter fé.

Amá-la em exaustão.
Amá - la em exaustão.
Levá-la a exaustão...

Obrigado.
Estou me sentindo violentamente feliz.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A história da estória.

Dormiu ali mesmo, com um pequeno caderno e uma tinteira para anotar seus sonhos. Era definitivamente um sonhador, vivia entre as nuvens e as estrelas. Calado. Sóbrio e caolho.

Sua única visão era pura vertigem da alma, eram objetos reais e verdes. Quando ficava tonto, os verdinhos apareciam e um tuim tomava conta de seus ouvidos num sensato excesso de loucura.

O corpo deitado, o olhar estrelado e uma atitude desvairada. Literalmente descrito.

Ali mesmo, sonhou... sonhou que dançava num carnaval psicodélico de emoções, as esbeltas cores burlavam as leis da física tocando seus espaços astrais, o vento trazia a mudança e presente Era a Glória da Manhã.

Acordou, anotou e não se levantou. E pensou: “Que graça nessa vida há?”

Dissertou:

“A graça dessa vida, mesmo que vista por um só olho, é desenhar sonhos criando personagens, se isso te faz feliz ( a mim faz), e sinceramente... paro e penso, depois olho as estrelas não sem antes reparar no céu Azul-Royal...”

Tomou um longo banho e um longo café. Mais um café. Abriu a porta, desceu as escadas para então ganhar a rua. Dê passo em passo, pisava sempre com o pé direito à frente.

Via as pessoas, fechadas nos seus mundos, as cumprimentava como se tirasse um chapéu imaginário. O taxavam de louco, ele costumava dizer sarcasticamente: “loucos somos nós...”

(...)

Acordou ouvindo um tuim...
e concluiu que continua impossível tapar o sol com a peneira.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Manifesto.

Uma rua. Consegue-se ouvir o canto dos passarinhos, são canários amarelos cheios de vida e de peito estufado, tem árvores fincadas em cada esquina e as pessoas nem se conhecem, mas se cumprimentam. Poucos passavam ali, os que passavam quase sempre em baixa velocidade e cheios de hospitalidade prontos para cumprimentar quem quer que fosse.

Quem quer fosse.

Uma padaria, uma oficina e um buteco. A soma da rua Felicidade.
Subúrbio recheado de emoções dentro de suas alças de concreto, aqui as flores amarelas caem nostalgicamente e nem é primavera. O inverno começou hoje , o frio chegou. Fez bem.

A rua virou um carpete de flores e as pessoas sorriem com seus cachecóis, elas estão vestidas na cor da paixão agem como se as luzes estivessem apagadas e tudo parece um louco videoclipe. Amores nasceram e renasceram, as lagrimas caíram unicamente de alegria e alguns pronunciavam poesia, era algo tão GRANDE que chegava a ser sobrenatural.

Tão belo esse poder do ser humano de contagiar. Contagiou a todos, do mecânico cheio de graxa a senhora com o cesto de compras. Foi a primeira vista e então aconteceu uma motivação popular, um folclore bem diante dos nossos olhos. E era verdade.

Uma rua.
Bonita, sua, nua.
E nós ainda podemos ser maiores que a humanidade.

domingo, 4 de abril de 2010

Parando pra pensar...

Posso ver os dias passarem rápida-e-lentamente. A minha vida é um flash-back, quase toda ela já vivida até extra-sensorialmente sentida. Estou velho, 78 anos se quer saber. Se minha voz era leve e serelepe, e cantava pelos ouvidos das raparigas, hoje é aguda, gorda e não dá nem pra rock.

As mulheres não tem a mínima atração por mim, não tenho uma ereção há 21 anos 4 meses e 6 dias, isso sem falar na comida péssima que servem aqui nesse asilo, que sabe lá deus onde fica.

Não saio da cama já faz alguns dias. Mensagens são refletidas na minha cabeça: vejo Teresa, minha ex-mulher e eu ainda novo fazendo amor na praia da Ajuda, próximo ao caos e em meio ao aconchego. Tão jovem, a vida uivando através dos meus beijos, os deuses do amor pairavam dois pés acima de nós e era sensível uma temperatura branda de brisa.

- Ah, Teresa será que ainda se lembra de mim?

- Onde você estiver... “não” te amo mais... queria fazer sexo com você...ou ao menos falar sobre o assunto.

Acho que sou um safado. Bom, um velho safado. As doses de conhaque viraram coquetéis de remédio, as putas viraram enfermeiras velhas sem sal que tocam o seu ânus e as espeluncas, bem as espeluncas definitivamente não tem o mesmo charme.

Estou numa espelunca agora mesmo.

Levantei e sai pelo jardim, fui ao limite do meu andador. Ascendi um dos meus últimos charutos Dona Flor, parei de frente a uma figueira imponente e velha. Lembrei que tenho filha, Ana.

- Ah Ana lembras de mim? Será que sabe que existo, como alguém normal?

Por um momento me desconheci, sai da inércia por alguns minutos ou horas, não sei. Envelhecer para mim teria que ser algo tão natural, e naquele momento simplesmente foi.

Uma ventania começou. Meu andador voou para longe, pude ouvi-lo despedaçar-se. O meu pouco cabelo que restava batia rebelde com vento, a figueira tremia como vara verde mas ainda era ela mesma, cheia de imponência.

A velocidade só aumentava, a da vida e a do vento, o velho só queria saber de olhar o horizonte e sua paralisia não era a falta do andador, era a proximidade da maior liberdade que já existiu...

Antes de morrer ele teve uma ereção.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1941.

Na minha cama e sem pudores. Desisto de ser um personagem fantástico, só penso e penso numa solução, impossível encontrar. Alguém disse para vasculhar lá fundo e que devo me concentrar (então fechei os olhos e prendi a respiração), os pensamentos outrora latentes, evaporaram por mais ou menos 7 segundos. Ufa.. A lua é a prata dos amantes, da minha janela a transformo em correspondência com meu amor, inspiro uma telepatia-gritada dialogando com as estrelas em tom enaltecido. O monstro jogado as tuas esquinas, tais esquinas esguias e cheias vermes amarelo-abobora que rastejam. Escondo-me. A noite é fotografia Vitoriana, escuridão-claustrofóbica em meio caos e o barulho das avenidas. Sim, respiro.

Me perdi para me encontrar, nesta noite de luar cheio as sensações acontecem, por elas sou completamente invadido e desprovido da moral-sanidade. De novo, me escondo. Estou no meu exílio e com a faca cravada na carne, o sangue e risos sarcásticos: tudo tão real. É uma transformação, e me aceito.

Grades olhos se auto-encaram, as maças podres se auto-mutilam sobre a mesa longa de jantar, há tempos esquecida. É tão belo e vivo quando alguém ama a própria dor, não existe culpa, soa como um ato grandioso, o último, antes do fechar das cortinas vermelhas-celestes.

A luz que tem minha cama, dos meus olhos a ponta do pé, a luz que tem meus olhos que refletem a lua em labaredas. Sei, o peso que tem um olhar e o amanhecer vezes me castiga, vezes me instiga.

Os mesmos pecados para os mesmos homens, sempre foi e sempre será assim. Herdeiro maldito, tenho um buraco negro bem aqui na minha cabeça, um completo vazio que se manifesta em momentos-inconseqüentes beirando o extremismo, confesso que cheguei a atravessá-lo. Faca na carne, pacto de sangue. Escorrendo pelas lacunas e degustando um doce conhaque, faço-me um sentimentalista barato e invoco uma lira só para lembrar que um dia fui alguém, um amante do teatro e das várias facetas humanóides. Sim, sem pudores.

Odeio o barulho das avenidas.

Lawrence Talbot

segunda-feira, 29 de março de 2010

Recesso Espiritual.

Encarando a TV, já se passaram dias. A barba de penugem ruiva floresceu num rosto adolescente cravado de espinhas, vermelhas e brancas. O pré-homem semi-nu se levanta depois de longas e escuras 16 horas deitado no buraco da sua cama. Já de pé, encarou o espelho, ligou o chuveiro e deu-se ao luxo de um banho demorado, quase 1 hora.

Enxugou-se, coçou os olhos como se acabasse de nascer encarando a si mesmo fanaticamente durante alguns minutos. Ainda nu, apressou-se em tomar um café. Sintonizou a estação mais água com açúcar do rádio e dançou com um cabo de vassoura, seus olhos ainda estão nela, como se madeira fosse carne.
Aquilo era angústia adolescente mal remunerada, era o retrato do disléxico, era o ponto máximo da discussão “o homem e sua doença”. De fato algo vivo e visceral, maior que qualquer doença.

Consumido por si mesmo, ao longo do tempo, o escravo da própria preguiça que resolve se taxar no próprio esquecimento, um homem de luas e madrugadas antes afiadas, hoje esquecidas.

Ao analisar a depressão de Carlos Eduardo, fui parte dela. Conheci o seu profundo caráter angelical e poder de conquista de alguém com um “Q” especial e requintado pelo diferente. Cheguei a questionar meus meios, mas qual meios? Eu fui escolhido, sorteado e obrigado, como num júri popular, ou seria cultura popular? Gostaria de saber se existe alguma entidade capaz de realmente julgar uma pessoa, um animal que seja.

As palavras cercaram nossos momentos juntos, próximos de um certo estranhamento, porém éramos mais parecidos do que aparentávamos. A primeira vez que o vi, olhava fixamente o chão composto por moscas e alguns insetos que comiam o resto de uma latinha de sardinha, pelo cheiro parecia estar ali há dias, no seu quarto. Demorou a falar, mas gesticulava com ênfase e até acerca de um ufanismo, tímido e explosivo ao mesmo tempo. Quando falou, foi breve e contundente, sempre me vendo como um
investigador do seu modo de vida.

O primeiro sorriso demorou 3 dias. Quando Carlos me mostrou um vinil do The Temptations e colocou para tocar, o clássico “Get Ready”, do qual sou um pessoal admirador. Então, ele dançou com o cabo de vassoura pela primeira vez em minhas vistas e, respirávamos os anos 60. É complicado explicar em palavras, mas vou tentar. Ouvir aquela música, naquele momento e com aquela energia foi inexprimível, e nem ao menos sei o certo por que. Entranho? Imagina para mim, formado pela faculdade de vida, desastrado e naturalmente fiel a uma dezena de ideais simplórios. Eu vi o mundo em códigos até tal dia. Transformei-me.

Como o ser-humano pode ser tão pequeninamente insignificante? Caminhei para casa, nessas noites de trabalho, visualizei sonhos de pensamentos sensíveis, notei o recalque dos ladrilhos das calçadas e ainda noto, com novos olhos. A música que foi feita para também ser notada, se faz presente nos meus fones de ouvidos brancos, pelos trilhos do metrô. Tornei-me por fim uma pessoa mais pensativa e nada menos distraída, ainda simplório.

Então chego em casa, escuto “Stand by me”, do topo da montanha que fiz para mim, penso em algo maior no calor da alma: a vida pede bis. 2 cálices, nada mais. Asfalta de mim.

Durmo, amanheço.
Eu e Carlos Eduardo não sentimos o sono.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pisciana.

(Olhando a lua, como nunca olhei...)

Estrelas com barbatanas
perseguem meus pensamentos
porque eu amo você
porque você olha também
além do amém, um sonho para mim.

Só hoje parei para pensar
como brilha a lua
e vida é algo só nosso
é engraçado
sempre vejo verdade nos teus olhos
sadicamente alimentado-me de sonhos
Quem somos nós?

Pairando num rasante
amando, amado, amém
universo de platina
camada sensitiva
tudo muda
todo instante
e
ainda te amo.

Agora mais.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cloridato de nafazolina + Clonazepam

Acho que chegou a hora. Boto aqui pra fora a minha melhor amiga, a toda poderosa poesia, sem medo e sem asneiras pura como é, e simplória como é. Batendo de frente comigo, isso sim é guerra luminosa, é ver mesmo sem enxergar o tamanho dos meus olhos e num suspiro descobrir que a música pode me fazer sonhar. Hoje como nunca.

Escrevo porque é para ser, porque não faço mais parte disso, porque estou completamente anestesiado e esquecido. Jogado no sofá, guitarra imaginária e hábitos imaginários, sangue por todos os movimentos frisados desenham traços de quem é capaz de desistir da eternidade, um boçal viciado em si mesmo que vaga por aí atrás de palavras que não façam sentido pela madrugada.

Suspirando e devaneando:“Nunca pensei, violão que desenha histórias fala comigo, olha para mim e dedilha-me, e como um sopro eu vôo e lembro que tenho alguém para lembrar.”

Faltava música e mímica, faltava amor no coração, faltava coragem para um bastardo.
Acho, que covardes não merecem chorar, penso: “mundo azul hoje é dia da água.”
Viola mágica quero você, escrevo para você. Hoje vou te fazer chorar. No começo minha voz sempre sai como um suspiro, talvez precise de ajuda, ando sempre viajando por aí... Agora, imagine paixão, apenas a desenhe como é para você.

Vida breve.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Salinas dá samba,

é bom para tocar a demência
1,2,3,4
espero pelo período fértil
sem dó, sem miséria
vou cobrar pelo segredo,
ser o meu próprio enredo,
dançar ao além
e
quando nos convém.

Vem pra mim
cafuné com água fresca
não esqueça
de perder a cabeça
seja assim
como você é
do fio mais alto
a ponta do pé,
amai-vos, por vós!

A putada está feita.
Escrever é (am)putar palavras.

terça-feira, 9 de março de 2010

Pensamentos ao urinar.

Pesa uma tonelada e cheira bonito
conquista-me e torna-me esquecido,
desconheço-me
desenhista de linhas
frias,
sombrias,
amarelas,
e
cariadas.

Tenho tudo que preciso sobre eu mesmo,
a larva anda pela maçã
a sujeira e os bueiros
a sarjeta e suas atrações
sempre
as mesmas músicas e vícios
num ritual,
no esconderijo
alimento-me da ficção
me odeio.
Falta, o que?

Depravando pelo escroto, oh lá...
Minimalista,
aprendi a amar o estranho,
não suportar mais barulhinhos,
acho que agora somos simples estranhos.
Tudo bem? Vou saber pra sempre o que é depressão.
Prometo me invertendo.

Alimentando o lixo,
pasta de sujeira,
vermes de pia,
presente estomacal,
verbete de poetisa,
amante de esquina
quero
um quarto para sofrer...

Aí está.

O último beijo longe assim
alcance sua verdade
repare no seu deserto
e
deixe isso passar por cima.

Cheirando bonito, infinito
como o rock fedido
que se sente aqui
na internação da casa da vovó.

Doritos e coca-cola
a benção
assassino todos os padrões
si, yo mesmo.

Era isso que você queria?
Era pra isso que você existia?

Eu não existo!

Ganho de causa.

Terremotos passam pela minha cabeça, nessas insólitas madrugadas de filmes B e chá.As alongo ao máximo, ao extremo só para ter mais tempo longe da realidade. Odeio, cada vez mais odiar. Durmo e acordo sem fazer sentido. Estando em um tempo perdido, ando pelos cômodos, penso e cozinho me administrando até a hora dos desenhos.

Só quero que o sono chegue e minha leitura pare de ser cansativa, está claro, as coisas certas precisam de tempo. Não tenho efeitos especiais, meu sangue não é falso, mas meu amor é verdadeiro. Oh Deus, me de forças!

Como faço para fazer sentido?

As coisas se destroem na minha frente, posso ver e sentir porque escolhi estar aqui, simplesmente soul o que vivo. Eu em você. O mundo não foi feito para mim, nós.

Outra historinha para dormir, nenhuma razão para sorrir. Vamos em frente para destruir o sistema, nas paredes você verá meu nome e uma mensagem. E que fique para sempre.

Parece que meus passos iram se espatifar no chão, pra fora d’eu e pra dentro docê, é minha obsessão, a minha ejaculação precoce de existência bela e adolescente. Me ajuda? A voar. A desenhar sobre voyerismo e a descoberta da sexualidade forçada na infância, a ir além do que é “infinito” e mais sobre as transformações das cores sobre as cores.

Como faço para fazer sentido?

Terremotos por tudo, prazer. Deve existir algo que eu possa fazer por você, vasculhe lá no fundo do seu tremor. Quero fazer parte de algo maior, serei as lamentações que mexem os cabelos com força mestra, aonde o vento ainda não passou.

Morra pelo que você é!
Vento é brisa, ele há de chegar. Aqui e lá.

sábado, 6 de março de 2010

Desisto.

Não sinto o coração bater.

Revirar até achar, não importa a maneira. Acabar se acabando, é divertido até o pênis enrugar. Só penso em pintar, posso e devo, já sei o que é para sempre. Nada mais, depende de mim, ou quase tudo.

Se quiser siga em frente. Se quiser, só se quiser.

Sim, posso transformar arte em algo tão primitivo que você nem imagina, e decolar na sua história. Não me importa nada mais, já desisti. Retorci o sangue, caíram palavras espancadas, prontas para o desfecho final. Onde? Quanto vale o planeta?

-Hein?

Voltei para escola, o mundo é minha pupila agora e, dói a evolução da doença de quem precisa ser perdoado. Voltei à escola, fiz da bosta tinta e do dedo pincel, escrevi : “ame o próximo homossexual.”

Nu, nu, nu. Hoje profeta do amanhã. As pernas cruzadas, sem sentir o coração, porém, minha alma está ali no meu primeiro diário, cheirando a inocência, ajeitada e cheia de fluídos.

Morte-caos-danos-destruição-vizinho frutinha- drogado negativo-medroso enrustido-HIVpositivo-cowboy racista-calhorda de farda - ambigüidade que veste terno- virgindade anal-castidade por opção- eunuco depravado- quem ignora o amor?

Por quê? Por quê? Por quê?
Me retorci todo para fazer tudo isso.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Vaquinha pelo riso.

Digo, é o fim do reinado, tenho todo tempo do mundo para estudar sobre inutilidade, sobre ser inútil. Sem vontade e, faz tempo. Imagine. Voe.

As minhas linhas te dão asas para tal liberdade, esqueça a conformidade da sua loucura, permita-se. Voe. Deslanche. Inside. Maior devaneio de todos os tempos. A parte fraca de mim pode ver meu espírito, no descampado dos anjos, e mais. Voe.
Injete-se, na minha alergia que coça,sinta minha seiva circular nas tuas células. Veja. A lua é nossa. Música voe leve.

Viu só? Explodi minhas veias e elas me agradeceram.
Viu só? Com remédios é bem melhor.
Viu só? Existem olhares que só doentes mentais sabem fazer.
Viu só? Nunca fui tão pequeno.

Isso é parte da minha infecção, é como perder um dedo e sorrir. Baby, imagino até seus lábios vaginais. Que horas são? Eu realmente gosto de você. Imagine. Voe.

Dedos além da pele, calor bombástico, livre. Vou virar do avesso só pra você me conhecer por inteiro e esquecer minhas olheiras. É engraçado, né? Costumo reparar no meu cocô para saber o que realmente não me faz bem. Mas e, aí? Dá para ser mesmo feliz para sempre?

Posso moldar, desenhar, até ejetar meu tesão. É libido que toma conta. Voe. Faça um perfume com ele, ache a saída dos seus dias inúteis, olha pra mim, como seu garotinho clichê. Decole.

Beijo que gruda na parede, amassa estrutura, feliz é quem mostra a bunda. Que sorte, só penso em prazer pra depois me machucar, é belo, o corrimento do sofrimento. Perca a vergonha e toque-o, é macio como a razão para existir. Respire. Voe. Goze.

Pague por felicidade.

terça-feira, 2 de março de 2010

Chupa minha língua.

Sensação gostosa. Num vem e volta: nunca vi nada mais bonito que a esquizofrenia.

Mesmo sem guerra não há paz. Então que seja abençoado meu ego analfabeto. São os dias que passam tão rápido na minha janela, foda-se, vou escutar rock até morrer. Por que não simplesmente aproveitar? Esquecer. Simplesmente flutuar na música. SÓ.

Vamos dar as mãos num círculo, deixa-me curar tua insônia, não diga uma palavra, SÓ toque a minha alma, enquanto eu recito uma poesia dentro dos teus olhos. Estrelas em nós. O amor merece mais que um parágrafo. Vou aceitar o seu chá e, minha semente é sua.

Pensamentos mais rápidos que o carnaval, e a música que prossegue pelos céus atenta a nós, aos vácuos do universo, desprendida de tudo, ela segue...

Adoro música, adoro dançar. SÓ.

Um dia você me encontra.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cocô de nenê

Vou esquecer, tudo. Simplesmente all. Viver é, sim, difícil. Mais que complicado, e tudo que quero é uma companhia, nem que seja campana e barata. Desolado, soul uma égua no cio, aproveitando os coices da vida, e falando figurinhas de verdade, até que gosto.

Por um lado bipolar. Ser ou estar?

Esqueci. As horas e todo tempo. O tudo não é mais TÃO vago. Simples como vento que sopra com revolta, o que é perfeitamente compreensível. Ou; não?

Tinta óleo, sêmen e depressão. Uma forma de expressão, diz sim e não, ao mesmo tempo. Amor, dê pra mim. Morte, permissão para morrer. Tudo, foda-se, e mais e mais uma vez.

Tudo é um tubo. Cheio de fumaça e contradições, voltei as raízes, com a intensidade de anjo leão, o rei, dos sentimentos. Ser, estar ou...Morrer?

Não quero chegar à viela, viciado em doenças e anomalias, demente de si mesmo. Fica comigo, p-e-l-o-a-m-o-r-d-e-d-e-u-s. Esse foi o dia que ”estou” mais perto da morte, um adeus em câmera lenta, pensei em ir. Um segundo, um. I-N-D-O. Ao tubo do tudo.

É tudo. Tinha esquecido que a poesia é o infinito em pessoa, só ela é mais abstrata que o poeta, sinto cada milímetro. E não erro. E não tenho limites. E cagar é divertido para quem não tem nada mais.

Soul daqueles que estranhamente, não tem limites. Posso gritar mais alto que qualquer ser. Necessito de um ambiente escuro com velas negras e gordas no chão, sangue falso e humor negro literal.

Tudo, sensível há...
Pude-me ver sonhando. É como falecer para fortalecer a vida.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sabonete Íntimo.

O que eu sinto? Não sei dizer. Um respiro de inspiração, talvez o último. Um valo entre os sentimentos ferozes. Só vejo liberdade após a folia e, nem por isso não me vejo como mais que uma anomalia. O que eu sinto? Não dá pra explicar. Sei que o amor ainda não se esgotou, nem a dor. As horas passam de carruagem mágica pela noite, o tempo podia parar e minha cama me engolir como um amante de baba quente. O que eu vejo? A imagem fantástica de um morto, um espectro, a luz do sol se decompondo e refletindo na minha xícara de chá “Bons Sonhos” e traduzindo toda uma sensação visceral. O que eu vejo? Um deserto a ser preenchido, palavras que se formam devido aos acontecimentos e, um certo aforismo da minha parte. Existe alguma razão para você estar aqui? O que lhe traz até mim? Gostaria muito de saber, me faria bem. Lembra quando eu falei em razão para sorrir? Essa busca tem me distanciado, espero que nesse novo horizonte tudo mude para melhor e que minha libido se manifeste menos, não muito. O que eu quero? Viajar por aí, uns dias para não pensar em nada. E -s -p -r -e -g -u -i -ç -a -r – m-e. Aproveitar para ver filmes B madrugadas a fio, esquecer da vida, tomar cerveja com cu de burro, comer Doritos queijo nacho, fazer gestos obscenos para as câmeras de segurança do supermercado, enfim, trilhar a estrada do esquecimento, apenas por um tempo, apenas um momento. O que eu respiro? Uma preocupação hipocondríaca, uma semântica poética e um duelo de egos aflorados. Num chão de pétalas de rosas negras e vermelhas, ou seria no jardim dos meus sonhos? Na minha arte não existe leigos, entenda-a como quiser e não me faça perguntas, por favor. Deixe que as faço: “Você acredita na sua mente?”.

O que eu sinto? Diga você...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As várias faces de um "eu-só".

Eu, provido de eternidade, com constantes movimentações na região pélvica estática. Digo sim. Vou lá e, tentarei manter meu sistema nervoso no seu devido lugar, segurarei as minhas ereções enquanto não puder rir. Ir -&- vir. Assim é vida. Vida-(A)ssim.

De todo esse construtivismo ereto: beije-me e ordenhe-me. Desabroche. Desenhe todos meus sonhos. Estorve-me, apenas me faça pensar. Antes que a flauta do Jetro Tull me invada por completo e, as estrelas, sejam vistam como estrelas, apenas. Não existe o não existir. Tudo é plausível e sensível ao toque como nunca.

Paulo Coelho é tipo de cara que diz: “eu não creio em um Deus, creio em Deuses”. I daí? Meu ideal passa milhares de anos luz longe da auto-ajuda. Eu deveria escrever um livro com saudoso título de; “Como destruir a sua vida em uma noite”, ou; “17 maneiras de perder mulheres na noite”, ou melhor ainda; “Existe a possibilidade de sexo?”. As pessoas, a mídia e a televisão me chamariam carinhosamente de “Best-Seller do fracasso” e mesmo assim eu ainda defecaria neles, quebraria os seus argumentos, entrando numa gigantesca guerra com o sistema.

- QUER MERDA É ESSA? COMO PENSEI ALGO ASSIM. EU SIMPLESMENTE AMO PAULO COELHO!!!

- SIM. REDE GLOBO. EU ACEITO. O WILLIAN BONNER, ESTÁ AUTORIZADO A LER ESSAS PALAVRAS NO JORNAL NACIONAL.

(...)

Paráfrase. Para tudo. Aparar a brisa: Oh nóis aqui trá veiz.

Soul um homem; feminista.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

I love calças de licra.

Não quero nada, não quero tempo, não quero nada. Pensando bem, me desafiam certos olhares, algumas visões de mundo. Fumando cigarro, atrás de cigarro: vejo o nascer de um escarro. Abraço forte e apertado, preciso! Que porra!
-Onde está o carinho?-

Só democratas-moralistas-republicanos-cidadõesdebem-donasdecasasemcalcinha, pode ser?

Sangue não suja, limpa... Agora, tendo uma overdose de pornô, até a intravenosa latejante, arranhando a testa num atestado de libido. Agora, esfolando tudo, como um adolescente que cultiva espinhas. Ora, isso é revolução companheiros! Viva e goze dos fatos. Degole-os se preciso, odeie, odeie e odeie, ainda mais. Até você chegar ao declino do desespero, é bom, porém, custa caro.

Os finais felizes, continuam igualmente os mesmos. Só vejo um mundo diferente, quando leio poesia russa, por quê? Falando sobre solidão, vodka e revolução. Buscado uma maneira que realmente valha a pena abrir o podre coração. Ele bate e dói, numa mesma sensação e, estou TÃO sensitivo e aumentativo, me queimando com uma lente de aumento. Devo ser um desses sadomasorquistas, fanáticos pelo vermelho e pela revolução, um ser imóvel que sobrevive a base de punhetas mentais. Que diabos virei? Que diabos virão?

Nunca foi tão divertido sofrer e comer prostitutas de 40 reais. Elas realmente gostam do meu sêmen, quase como eu. Falando sobre sêmen, solidão, vodka e revolução. É grande a minha intenção: fazer barulho e causar o caos, seja ele qual for.

(...)

- “Eu soul a rainha do meu mundo, soul uma garota rebelde.”

- Ei, você é um pitelzinho. Sente aqui no colo do papai!

-Hã?-

************************************************************************************

Um texto em pró do meu mal estar e da Ligue Internationale Contre le Racisme et l'Antisémitisme.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O amor em tempos de guerra.

(Não me olhe. Retire seus olhos de mim. Derretido, rock progressivo: zumbido no ouvido.)

Ainda ontem, meu bem, tive convulsões. Longe de ti e, atrás dessas grades de ferro fincadas em cimento, grande parte do tempo é apenas lamento. Saudade da maloca e do feijão preto. Roçar minha barba juvenil nas tuas costas sadias e viçosas, as cubro, com o manto de todo amor. Daqui á i. (Dá pra sentir?)

Sabe, amor, a distância é algo ruim. É como se sugar por dentro com segundas intenções. Estou muito fraco, a comida daqui tem cheiro de lixo e gosto de esgoto, vomito a cada 2 refeições. Porém, sinto-me tão mais saudável, por saber que meu corpo está funcionando.

Como estão as comadres? Teu pai ainda quer me capar? Sua mãe continua aquela beleza de sogrinha? Saudades dos domingos de churrasco, da birita com futebol. E lá vêm mais saudades, só de pensar... Mais e mais!

Estou tão sensível, triste e desgostoso. Tudo o que eu precisava é namorar você em baixo de confete e serpentina. Um carnaval de sedução, um desejo recíproco de hipérbole de tesão, só isso. Quero fazer sexo, quero transar, fazer amor! Preciso sair daqui, preciso viver! Desculpe o desabafo, precisava realmente disso. Estou um pouco menos amaldiçoado agora.

O que realmente importa é:

Te amo : condeno-me a réu perpetuo no caso do amor. Veredito final. Não restam dúvidas, está aí, para quem quiser ver. Mesmo se eu morrer degolado pelos malditos soldados do sistema maquiavélico. Nesse cubículo, me (re)descobri. E então, certo dia, me peguei pensando e, questionando sobre a minha função e existência...

Por quê? Por quem?
Por onde? Por quando?

(É você. Moça de xadrez.)

Espere-me com o amor.
Me dirijo ao escuro,
adeus.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Devaneiando mais uma vez...

Nada é free. Uma nádega é direta. O céu é onde ninguém sabe. O sonho é realizá-lo. A vontade é o instinto. O beijo é uma realização. O olhar dela é uma piscina no sol. A vida é dirigida. A morte é regida. A verdade é uma “onda de mutilação”. O caminho é uma música. O pensamento é distração. O universo é real. Realidade é free. Dançar é se mexer. Amar é viver. Depressão é morrer. Loucura é sobriedade. Bakunin é revolução. Revolução é free. Pixação é protesto. Grafite é arte. São Paulo é passarela. A escrita é eterna. Vagina é molhada. Pênis é babão. Um solo de guitarra é importante. Um solo de guitarra não é free. O oceano é inocente. O mundo não é nosso. Estrela é brilho. TV é vício. Cinzeiro é bituca. Pandeiro é batuca. Ressaca é Coca-Cola. Tem dias que é pra pensar na vida. Tem dias que beber é a saída. Respirar é começar a sentir. Sentir é free. Puta prostituta não é free. Pára-quedas é queda. Bebida é destilada. Grunje é sujo. Punk é rústico. Dor é odiar. Nada é free.

Eu sou gay, viciado e doente.
Sonhava eu em deixar -o estupro- eunuco...

Fragmentos de diário.

Como soa longe a saudade. Ela dinamita a mente longe e faz o verso se estender pelas linhas, do meu amor próprio. A hora do banho me faz pensar na vida, são tantas emoções, seqüências padronizadas e não-padronizadas e, a água quente que cai esquenta o cocuruto, desliza por todos os meus orifícios e cavalga perante os edifícios do sofrimento. Ah SAUDADE. Escuto seus ecos monossilábicos. Sua presença em forma de espírito e a qualidade de tal entrega. Agora me diga, será que você pode me confortar? Eu gostaria de poder sorrir com mais freqüência, de pular de alegria, de viver o símbolo de uma vida não mais medíocre que a da classe média. Saudade de criança. Saudade de ser criança. Um bicho de sete cabeças esse tal de crescimento, violento e arrebatador como um matador de flores. Viúvas negras. Me alegre, seja lá quem você for, abrace a minha causa, faça cocequinhas na minha barriga, eu, preciso de sorrisos, uma razão para sorrir. Por favor, faça que não doa mais, seja meu fio condutor sintomático e imagético. Ensina-me a sentir o cheiro da primavera e a suavizar o ar.

(...)

No rangido da minha pena, céu vermelho, passos doidos e cansados. Amanheceres suados, perda de controle em situações extraordinariamente banais. Penitência. Só consigo amamentar-te, tenho calafrios e pensar nisso fazem aparecer mais calafrios. Agora mesmo, tem medo e muito. Pare, por favor. Por favor, quem é você?

Tem um monstrinho dentro de mim, tem sim. Existe um monstrinho. Assim. Ah sim!

Ele está a flanar dentro de mim, feito uma ironia literal de caráter. Ainda tenho medo, algo sobriamente sombrio está a caminho. Não sei o que. Pior que saudade e medo, juntos, pior que a doença do intestino-nervoso e, do tamanho da chaga do universo. O monstrinho come as minhas entranhas e tripas finas, regurgitando os pequenos restos celulares nas minhas moléculas de crescimento em uma cadência de um “fardalhão”. Da violência da paixão, da doença do meu coração: saiu-me um poema, nada mais que, uma canção embrionária, essa pausa no inferno da vida. Por favor, faça parar de doer, por favor, se preciso me acabe, me castre como seu animal de estimação. Por favor, me obrigue a lamber seus sapatos de couro e beijar seus pés-de-seda. Por favor! Tem alguém aí? Deus, homem, animal. Eu quero ir pro céu.

(...)

Na precisão do meu caráter e, em fragmentos do meu diário: acordei. Sono e fuga. As remelas grudadas nos olhos castanhos e depressivos, juntamente com todas as sobras do meu corpo que, sobem a tona. É o fim dos segredos. E como soa longe a saudade, o medo e chatice clássica. Ainda assim. Ainda mesmo assim. Tenho tempo para admirar um dos últimos arenques lunares que passaram por essa terra, cheirar e beijar as últimas rosa da estação e exigir veemência na trilha do caminho do desespero.

Seja lá quem você for, me ame, posso ser tão carinhoso quanto uma comédia romântica, afaste de mim esse desespero fecundado e orquestrado em rimas que fazem eco. Seria muita insistência, pedir, mais um, por, favor? Mate esse monstrinho drogado, pise nele, como pisa numa barata de quinta. Não te vejo, não te conheço, mas você é mais forte e coerente. Letra por letra. Inclua-me nessa transliteração, por favor: mais um. Não te conheço, mas você tem a aparência da verdade, é, como acima das florestas as montanhas, é simples.

(...)

POR FAVOR, QUERO IR PRO CÉU.

1/2/2010.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

É.

Hoje, olhar pro seu significa lembrar das pessoas que já foram e, hoje, olhar para o céu fez a minha tremedeira involuntária aumentar. Dissecando-eu. São tantas palavras que até a escrita engasga, o verbo paralisa, o sujeito covardemente foge e os adjetivos sobram e, é por eles que a sociedade me julga. E daí? Se essas imagens são retratos de sonhos, diga-se de passagem, amargos e pela manhã encabulados, não passando de singelos vadios de ressaca. Cheguei, apenas cheguei... Vou sair do meu canal de nascimento e vou sorrir para ti com sangue novo e estarei com tanta disposição que vou comer o seu câncer e repetir.

Seja sincero.
Você já ouviu tamanha maestria para soletrar um simples
“E-U T-E A-M-O?-’!?

- É como se eu dissesse: “Obrigado, pela sua paciência”.

Sensível-exposto-vunerável-na-veia-intravenosa:
morte-sensualidade-doença-vício.

É forte, como é.

É isso, estou-estando na merda.

Agora,

preciso dizer umas verdades:

Meu critico mais severo é a minha voz interior.

Kurtd Kobain te odeio, sua biografia é uma merda.

Minha anatomia é TÃO engraçada que tomo banho só pra rir dela e, essa hora é feliz.


(...)

A maça envenenada, comi. E para isso fazer sentido, palavras passaram pela sua pupila sem pressa, em tom de cocequinha, marrenta de irmão mais velho de mau humor. É, realmente, É. Engraçado, é sorrir para essas palavras que fiz, é isso! É como se eu explodisse feito homem bomba e voltasse drogado, não de religião.

- Se você gostou do meu beijo, imagine a minha merda.

Fui censurado.
Fui amordaçado.

QUERO QUE TUDO SE FODA EM LETRA MAIÚSCULA e nos seus minúsculos detalhes.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Verborréia.

Ela me olha como uma pisciana quando está de folga me ressoando nada mais do que o amor genuíno. Ela é sensivelmente diferente e, gosto disso, é como transpirar alegria.

(...)

Diretamente da minha magreza angulosa e famélica para os seus retratos em preto e branco, um sobressalto no passado que bate a porta, e, na minha particularmente falando: bate todos os dias. É simples, é uma coisa psicossomática do intestino e da luz, crucial, nesse momento, de esquecimento involuntário pela dor. Chega até a ser cômico, o ser picaresco! É rir para não chorar, é amar para sobreviver. Esse é o mundo em que vivo, sinta-se a vontade para fumar charutos fedorentos e cuspir suas secreções seqüencialmente no meu chão de ladrilho.

Não consigo mais viver sem falar de amor, ou sem “amor,fazer” e sem as imagens captadas nos meus sonhos e pesadelos: com elas monto vídeo clipes aberrantes na minha cabeça e quase sempre deixo no repeat durante semanas, talvez esse seja o meu jeito de sonhar acordado e com a boca aberta. Me odeio e me adoro num comportamento bipolar que, me faz achar palavras onde ninguém mais pode. Sei. Sinto (!) o-dor.

Um estribilho fantástico e cheio de fantasia, vou simplesmente me entregar a ele, nadando nas notas músicas e arrotando revolta. Vou esquecer o significado de “saúde mental” e “manhã febril”, desenharei os pequenos traços da moça por quem o frenesi bomba até estourar as veias e, seria eu capaz até reviver de uma morte programada, só pelo respiro daquele sorriso.

Ataque epilético e contrações grávidas. Preciso de umas pílulas com gosto de química, risadas que duram não mais que 2 horas e, meus laços e vasos sanguíneos seguem se entrelaçando.

E, é tão prazeroso. Simples e direto, é um prazer em que há espanto. O prazer do grito, do escuro, da lata de lixo e do subsolo do mundo. Esse é meu santuário, irei para lá, ficar seguro e pensar que as pessoas não existem. A música acompanhada de um copo de cerveja, falarei sobre filosofia e teologia comigo mesmo, num ritual diário e frenético: vou envelhecer e reconhecer a velhice no espelho através dos dias e noites que sempre lutarei para que sejam infinitamente jovens.

Os dados ainda estão rolando, mas prefiro não-encarar isso como simples jogo.

(...)

Sensivelmente diferente, aí ó: onde queríamos chegar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O verdadeiro valor de um FODA-SE.

Uma garota diz pra outra – “eu realmente tive muita sorte em conhecer você”.

Já ouvi isso em algum lugar.

FODA-SE.

Cansei de ligar a TV, de não ter cafuné, de ser morbidamente único, de sonhar e acordar e da minha eterna covardia. Oh, grande merda de desabafo amplificado! Apenas mais um.

Comecei a escrever um texto póstumo e as náuseas passaram, acho que morri mais um pouco. Revoltando-me com tão pouco, acho que vou explodir, não, acho que comi veneno enlatado, aquele mesmo que damos para as crianças e o sentimento é o de um chute no meio da bunda.

Meu cativeiro soul eu mesmo. E novamente: FODA-SE. E mais uma vez: FODA-SE.

Não vejo nenhum lado sagrado, e você? Vejo o homem fazer a vasectomia do mundo, uma esterilização voluntária, vejo isso, sem cortes e os efeitos especiais são os próprios efeitos que sentimos na pele, alma e coração. E daí? FODA-SE. É divertido sofrer e perder. Venha! Não tenha vergonha e, se junte a nós: os pobres chorões e infelizes.

Recanalizando...

Estou doente e enjoado até da minha voz, ao mesmo tempo, leve e livre para voar para longe, acho que é isso, só a solidão me entende e vice-versa. Quando era pequeno o armário era onde eu mais gostava de ficar, hoje vou para lá, praticar um pouco de “abaixamento de nível”.

Não tenho vergonha nenhuma da minha pessoa, até me orgulha a coragem de estar aqui, simplesmente algo me diz que não é para qualquer um. Quem pergunta? Quem realmente quer saber? FODA-SE. Sentimento persistente e doentio, esse flerte com a loucura é como respirar um incêndio tóxico, vejo, plástico e vidas queimando na esquina da vida louca.

Louca vida, essa minha, alias, prefiro dizer: essa nossa. Soul um personagem criado por uma mente extremamente doentia e sádica, cansado de ficar lá dentro, batendo nos 4 cantos até conseguir a expansividade, sai, e, não me pergunte como. Foi por algum buraco, não sei ao certo qual, na hora da queda, perdi a consciência e, ela dói até agora. Não consigo dormir, urinar dói também e não cai uma gota se quer, já pensei na cocheira, na chuva e... Nada. Tenho medo de mim mesmo, mas quem soul eu?

FODA-SE.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Moldura de Inspiração.

Estou cansado de me sentir tão inseguro, de ser minha própria parasitose de energia crua, por isso tenho alucinado com freqüência. Da janela fico horas observando os carros indo e vindo, imagino vidas inteiras e suas histórias, acendo um cigarro e tomo meu remédio para o estômago. Está tudo tranqüilo. Até as emoções recalcadas resolveram brilhar e, inexplicavelmente as linhas do meu texto se alongam numa evolução notável.

Desisti de morrer, suicidas não vão para o céu. Passivo-Agressivo. Tenho é que agradecer todas as minhas dores por me apresentarem a arte e meus ídolos fracassados por me mostrarem o caminho, mesmo que através de seus erros. E, é belo o entardecer daqui.

Ouvindo Dolores O'Riordan, fica mais belo ainda. Admito, estou “inlóvis”. A “ela” quero amar totalmente e de forma incondicional, “ela” sabe que terá meus olhares de criança em todas as manhãs de sábado e, até nas demais, quando o dia é apenas coadjuvante.

FAZER AMOR EM CATARSE! TROCAR DE COR! NÓS TRANSFORMAR EM ANIMAIS VOLÁTEIS!

Eis, o poder do amor: as palavras jorram torrencialmente, depois da lambida que com calma “ela” deu no meu coração, calejando a língua com todo o meu sangue de menino forte e vermelho escuro. Amor ilumine-me, por favor, não quero me apagar assim! Não vou!

Da janela olho o céu, o barulho dos carros e das pessoas se apagou. Saúdo a lua, o mundo da lua. Estou tão próximo “dela” agora, as estrelas estão mais brilhantes e o amor em trabalho de parto. É sereno o anoitecer daqui: vejo a lua rolar como nós em terras novas, em breve. Da janela, soul a moldura da minha inspiração, um pedaço de chocolate com chantili, recheado de boas intenções brancas. Nada mais pode nos separar agora, nem mesmo o meu escapismo depressivo, nem o nosso antigo e desbotado medo de nos entregar e nem o ego derrotado do meu espírito. Vejo isso com uma simplicidade tremenda, da janela.

O vento chegou a minha face, meus dedos tocam lentamente o intocável, “ela” está aqui e foi trazida pela lua cheia. Sim, a mesma que torna as estrelas mais brilhantes.

Da janela, liberdade de contato.
Lua fértil, amor viril.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pantocal 40 mg.

Ganhamos a guerra,
a hipocrisia patriótica está a pleno vapor
somos soldados do consumismo
uni-vos.
Matar pela paz, morrer pela guerra
qual é você? Quem é você?
Não sei por que: tudo que eu faço é lixo
não sei por que, amanheci sem cheiro
é hoje, preciso mudar e rápido
é hoje, vou me acariciar com notas de 50,
só vejo: vaginas dilatadas e berros escarrados de prazer
ela sangra todo mês, eu também, dá até pra ver escorrer
gostei realmente de ter sangue nas mãos, o meu
na minha face, no meu desejo: eu quero álcool
(apartesuperiordomeuestômago-grita!maldita arte surrealista)
FALTA DE AR CONTROLA O PEITO, VOU TOSSIR ATÉ VOMITAR

“Se servir de lição, pare e, leve na brincadeira”

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pedaços em carne fresca.

O que eu quero?
Uma dezena de lideres de torcida com seus suéteres centralizados pelo símbolo da (A)narquia.

Dê uma palavra o dicionário me leva para outra e, outra. Poderia ficar horas aqui, olhando todos esses cadáveres de bonecas, remontá-las com os corpos de suas irmãs e assim por diante. Hoje não. A experiência soul eu, a doença é minha e a falsa liberdade também. Aproveite... (Ejacule, se quiser!)

Tente de novo, o amor é cego.
Tente de novo tirando as vendas.

Meus hormônios se engalfinharam com os dela,
ela é simples,
ela é minha,
ela se veste com seus sonhos.

Tudo se acaba, o sol volta todo dia e, é belo revelo a cada nascer. Garota, quero esses olhos de infinito, quero o vento que transportas bailando por aí, quero subir num palco e quebrar tudo o que há lá em cima. Sem dó dá piedade. Só, assim soul eu.

Agindo com o instinto fica mais gostoso
bebendo seu licor, da cor dos seus olhos
amamentando-me em você
com força, com leveza
assim que vai ser.

Garota, você causa abalos sísmicos no meu sistema nervoso periférico.
Garota, viver sem você, arrebenta meu coração.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fungos do armário.

Para onde os sonhos vão?

(...)

Funda seu ideal
ama-mente a pátria
seja o que papai sempre quis

(...)

Tem algo azedo perto do meu nojo, meias e meios encardidos e, eu não sei como lavar. Dada a primazia da minha animalidade, essa enferma anomalia: necessito deitar nu e encolhido no meu lençol cheios de traços do meu cabelo liso. Queria poder ver a noite passar, lenta.

(...)

Que noite está aqui.

Uma mulher loira aparentava ter uns 35. Ela era mais provocante do que bonita, sem parar de me sugar com o olhar. Eu só queria me retirar. Então, ela se aproximou, com chamas pelo corpo...

“- Eu sou a garota que quer transar com você.” Ela disse, sem pestanejar. “Olha só como você me deixa, sinta”. (ela força minhas mãos até sua vagina)”Você acha que não sei o que estás a pensar agora?” Ela ainda não tinha terminado, mas eu estava partindo... “ irei ao seu encontro, menino”...

“Desculpe, prefiro ir sozinho e me masturbar ouvindo Sonic Youth.”

(...)

Desafiando interpretações, soul o rei da minha sórdida literatura. Concluo. Caminhando por um vale pastoril, quase bucólico e com uma plana vista para o mar: ah o mar, se eu for sentirei saudades.

- Não seja tímido!
- Não seja ridículo!

Odeio as pessoas e essa mania de decidir tudo para mim, odeio também a minha vontade natural de não decepcioná-las. Mas tudo bem, esse final de semana meu cocô saiu duro como pedra e tudo que me agrega foi sólido, como ele. Isso é bom, porque saiu de mim.

(...)

James Joyce adora complicar as coisas. “Mas quem disse que a vida é fácil?” – retrucou o Capitão Nascimento.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cometa Suicida.

Nem todas as noites de punk, nem as náuseas internas, nem os comprimidos para gastrite, nem a tentativa de resgate da juventude, nem a virose das crianças, nem o amor platônico...

É maior do que o cometa suicida.
Ele se choca comigo, numa explosão celeste.
Eu fui exposto a sua fragmentação.
Uma chuva meteórica e cheia de interrogações.
Eu fui exposto a isso, eu fui exposto ao cometa suicida.
Eu fui exposto a uma sensação de desespero intensa.

No porão da casa da vóvó, trancaram e violentaram a minha infância. Um rapaz da turma de 90, ele gostava de tocar os pequenos, ele é fruto do intenso. E, me espanta a vontade do instinto. Não?!

Sim!

A dor se espreguiça no meu estômago, lenta-mente, no seu ciclo natural. Um lado, para o outro com a insônia. Tenho todo o poder agora e, a vida pesa duas toneladas, cheia de ângulos e parábolas, não tão simples assim ao entendimento alheio. E, não maior que o cometa suicida.

Cometa suicida. Cometa suicida. Cometa “o suicídio”, do dia.
Ele se choca comigo numa explosão celeste.
Eu fui exposto a sua fragmentação.
Eu fui exposto a uma sensação de desespero intensa.

Nariz escorrendo, chuva caindo. Então, é domingo. Mais que um drogado, quero clímax e satisfação, me enrugar nessa preguiça no sentindo dos travesseiros. Navego-me por inteiro.

Esse foi meu tempo, as horas estão cada vez mais rápidas, as palavras na sua ordem, lerdas. Tantas coisas eu gostaria de esquecer, peço desculpas, hoje suou a melancolia.

Seria o amor, um leito de recuperação?
Soul uma estrela cadente e, meu olhar é grande e sincero.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

E X T R A L A R G E L O V E

O enrustidamente estúpido floreador de palavras, prazer.
só quero me entregar a isso, completamente,
me prometeram o céu.

- Onde estou?

Com o ferrão da palavra, está tudo bem, apesar de estar sedado na latrina esperando as tremedeiras passarem. Elas não passam. Fones no ouvido, preciso de silêncio. Um tempo para conhecer meu corpo enrustido:a metade que uns sonham e outros abominam.

- Urinado sem parar, é bom pra imaginar... Ca....cho..eira...

Crianças e explosões nucleares

de olhos fechados

barrigas de aluguel e abortos espontâneos

humor cinza

um homem na estrada e a vergonha alheia...

Me sentindo tão sozinho, acho que vou descer o lixo e aí depois você me põe para escorrer, -esprema que sai sangue sujo-. Tire também os musgos escorregadios do caminho, espero que você não me odeie, eu te amo do fundo do meu coração carente que tenta ser valente. As vezes.

A única certeza é que sou dono da minha arte. Já foi o tempo de me importar, vou apenas deixar fluir, descer nessa corredeira e mergulhar na gosma da vida.

- Existe a possibilidade de sexo?
- Existe a verdade em excesso?

Ela é a única que pode me ver sonhando
ela é a única que pode ver meus órgãos se mexerem
e gosta.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Amor Fecal.

O verso se fez em carne, o calor abandonou o corpo e a arte é a única maneira que consigo filtrar o mundo, e vou usá-la para causar o caos e só. Cada vez mais excêntrico. Não me masturbo mais, perdi a imaginação. Escavando cavidades em mim, no verniz da minha literatura na dor da minha pintura de cores escurecidas: um céu tingido de vermelho, o amor laranja-psicodélico e o roxo espalhafatoso vaza pra fora da visão. O intitulei de “Amor fecal”.

Pela manhã, vomito inspiração azeitada a escatologia num fluxo gostoso e colorido, ainda, vejo frases variadas, recheadas e com cheiro de brechó. Estaria eu, voltando a ser um vagabundo paparicado e amado?

Estilo, estilete. Soul eu.
Ruidoso, perturbador e provocativo. Soul eu.
Pilha de contradições. Somos nós.

Vagamente sinto uma obra-mestra a caminho. Um embrião de felicidade onde coloquei a minha semente, o fluido orgânico que sai de mim e vai até o local de fertilização. Um líquido denso, gelatinoso, branco acinzentado e opalino. Quer provar?

Muito mais palavras e filmes antigos na minha cabeça, quero decorá-la com recortes de revistas velhas, pedaços de pele humana e beijos. Descobri que ainda posso ser doce, vou até investir nisso, do mesmo jeito que invisto nos hamburgers do MC Donald’s. Vindo de mim isso é bom, aliás, só poderia ser.

Ter um amigo imaginário depois da puberdade é normal?
Ou a minha dura para sempre?

Pequenas subversões para constituir um enredo, pouco combinatório. Um trash 80.Espere um segundo, e se o pincel fosse a minha guitarra e as palavras a minha blasfemia? “Poxa, íamos adorar!”, “ esse poema é pra mim?”. - Não. Ele é sobre corrimento vaginal.

Queria ser famoso só para dizer besteiras bárbaras e mentiras apocalípticas aos jornalistas, adoro aquelas letras cuidadosamente grafadas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A Coisa.

Delicadamente mal-educado e fraco. “Acho que vou simplesmente desistir.”

Sente-se, tome um café e brinque comigo. ”Sinta essa explosão de expressão.”

Aroma de plástico, bonecas falecidas. “Cheirando a morte amanhecida.”

Comportamento desordenado, fome não há. “Sistema sensível que reage rápido e forte.”

- Amor, me busca uma cerveja. “Loucura, séria? Seria a forma mais elevada de inteligência?”

O que há errado com a vida em sociedade? ”Fixações e variações extremas de humor.”

Espetáculo repugnante coberto com os véus da mentira. “Males que dão asas a imaginação.”

Emoções profundas causam a aproximação intuitiva. “Transcende os meros 5 sentidos.”

Vou pular pro outro lado, só para saber como é. “Eles acham a poesia tão simplista, egoísta.”

Desespero profundo e prolongado. “Tudo bem, eu tenho um amigo imaginário.”

Isolado, em sua busca artística. “E pensar que já fui capaz de amar qualquer horizonte.”

Meu quarto, minha prisão intelectual. “Por favor, não desista de mim.”

Na escola apanhei tanto, acho que fiquei retardado. “No existe o meio termo, nenhum.”

Nota baixa, inapetência moral, física e psíquica. “Apresento-lhes as raízes da genialidade.”

As palavras voam pela cabeça, ainda posso respirar. “Entrando na carne, faz bem.”

Preciso de um caminho, um caminho, um ninho. “Colo de mãe, cordão umbilical.”

Eu sou o estilista da língua. “A pressão da existência, existe?”

1 lauda de felicidade, ali. - Corre! “Amor e ódio. Intimamente entrelaçados.”

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A Barata da filosofia.

Em uma das minhas perambulações pelas morais e pensamentos sarcásticos, aqueles dotados de ironia amarga e insólita: tive medo. A minha falta de apetite é preocupante, a inspiração inquietante, e hoje ela foi posta em relevo. Creio instintivamente nesse sentido e não abro. É quando os pensamentos escorrem, a cabeça dói e você só quer que o dia acabe. Bem ou mal.

Porém, uma nobre alma transparente dos olhos claros, me deu o don de sonhar. Ela é inundada de luz, suas barbatanas espalham felicidade genuína. Eu a amo. Basta.

- Seja bem vindo ao reino da minha invenção. Fique à vontade para sentir vontade.

(...)

Diálogos. As crises coloridas da minha loucura. Nada relevante. Afinal você já sabe e me considera como tal. Lélé da cuca. Disserto sobre a loucura, mas me sinto louco mesmo enquanto danço, canto (grito), ou então me desintegro. A escrita é apenas uma conclusão sistemática, onde, de forma nada habitual expresso-me e flutuo. As vezes sei que sou muito repetitivo, mas lhe adianto, talvez nunca mude. Talvez siga sempre assim: desenhando pornografias em portas de banheiros e convivendo com explosões. É duro, mas é a verdade.

A verdade está nos meus olhos agora, ela é castanha e nua. Tenho também algo benévolo aqui no centro do peito, cravado! Não que eu seja do bem, nem do mal. É só um órgão vital bom, muito. Com ele gosto de sorrir e cantarolar no chuveiro, ele é uma metamorfose do eu-ser, desconfio que seja também meu estado de espírito.

(...)

Devaneios a parte, sou louco e estou apaixonado.
Desculpem as mentes sãs, mas a junção das duas coisas é o orgasmo.
E é pra lá que me vou.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Imprimindo sensações.

Esquisitamente triste. Dia triste, apenas mais um. Ah, antes que me esqueça, o futuro, ele não existe. Hoje, vim pra casa só para me encarar no espelho. Ficar de joelhos. Me aproveitar, enquanto posso. Anjos...

- Te pego no twist, baby.

- Rodopiar é simplesmente gostoso.

É bom esquecer o tempo, mas eu não consigo. Não dá! Isso é uma merda sem tamanho. Sabe quando alguém planta uma semente na sua cabeça? É pior e faz parte.

Por hoje é solidão. Hoje, grito meu desabafo amplificado aos 4 cantos, fecho meus olhos e só enxergo gritos. Exuberantes e com cheiro de fumaça negra. Nostalgicamente claros. O Nirvana da sinceridade, as dúvidas das minhas palavras embaralhadas, e eu mastigo elas pra você, sem pressa, num olhar clínico-psiquico.

As florestas do eu, queimam. Isso é só mais uma poesia inspirada em solos de guitarra. É lixo, é lixo! Lágrimas não apagam cicatrizes. Mereço o esquecimento, até que gosto dessas ilusões de ótica. Esse “Eterno bang-jump!”

Estudando o universo, encolhido e em uma cama que não é minha, mas já foi um dia. Dreno os medos, sí-não desapareço, medito ao meu modo. Aonde o universo aprendeu e me fazer sofrer, assim? Numa viagem dessas me perdi e a volta é distante e cruel.

O mundo chama. Não quero ir!

- Dubirâ-Dubirâ-Dubirâ-Dubirâ.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Irmão preto.

São tantas vozes que não sei por onde começar. A música é única, ela me basta.

Pensamentos maus, pensamentos perversos. Por onde começo?

Meus sonhos são tão reais, vejo um amor que aos poucos se concretiza e por enquanto estou de olhos abertos. Até quando? Até quando? Sorrir para não chorar. O que acontece? Revolução.

Se não se importar, agora, eu apenas gostaria de ficar distante. Deixo as músicas únicas se misturarem na minha mente, soul capaz de explodir, mais uma vez. Até adrenalina dói.

Odiar nunca foi tão gostoso. Alimento-me de olhares e você? Esfola-se em masturbação?
Odeio quem diz “ano novo, vida nova”.

– Boa noite, seu ânus é belo.

- Toque-me.

Aqui, aqui, mesmo. É onde eu posso gritar. E foda-se. Posso começar por aqui?

- Hein?

Hey, você tem um portal para os meus orgasmos! E digo “vamos!”.

Estou destroçado, mas eu aprendi um pouco com o punk-rock. Aqui é um (re)começo?
Faz tempo essas que palavras estão encalhadas nos meus parágrafos, elas são a minha soma e o resultado ninguém sabe. Eu sei.

Um irmão que gosta de você, isso é um começo de uma conexão.