segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Salto sem asas.

Ouvi dizer que um sonho nunca morre
me afundo nele pra sentir
me gusta gostar
vou me inundar,
de novo,
dar um passo pra fora de mim mesmo

bem leve, bem breve, releve
solos de guitarra afogados em depressão
deixo a música explodir nos meus ouvidos
vejo em frangalhos os sentidos
é tudo em mim, é tudo sobre mim…

ela diz “você é impossível”, ela diz “você é mediocre”
ela diz “eu te odeio”, ela diz “eu te amo”
paz é só o que ela quer, voar ela também quer…

aonde eu estava?
sonho ou realidade?

ouvi dizer que um sonho nunca morre
me afundo nele para sentir
soul eu refugiado na minha cama
meus lençois, são minha bandeira
em posição fetal, trabalho de parto
MAYDAY, MAYDAY, MAYDAY
amparo, amparo, amparo..

Não quero morrer, quero desaparecer.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quando não escurece.

Nem sozinho consigo me esconder
Tudo está quieto, o barulho está em mim
Ele viaja veloz pelas veias matando os neurônios
Perspicaz, como mais poderia ser? Eu...
Fico imaginando, e imaginando...
Pra onde vai? Chegou por onde?
Nunca é para sempre, o nunca é para sempre...

Sabe quando a razão nos esconde o infinito?
Tudo de uma vez, queima e queima
Não quero acordar, vou me fingir de idiota
Mais uma vez: menos é mais

É como sentir um alfinete no coração Bem de leve, como uma aflição E o estômago descer de elevador sozinho
Escorrendo todos os fluídos, num vem e volta gostoso
Porque eu adoro sofrer
E essa dor é tão boa pra sentir de novo

Leve e longe, mas nem leve, nem longe o suficiente
Pode não ser eu, mas é melhor que você
De um tempo e sorria, mantenha sua postura idiota
Passando pela garganta, seu scotch te põe em evidência
Mas você continua um porco suado e surrado

Eu gostaria de criar novas poesias e fantasias
Novas flores e estrelas, mais claras, menos negras
Eu gostaria de ser a sua overdose de endorfinas
Amamentar os teus pensamentos mais profundos,
ser o seu escudo.

Eu soul uma farsa.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Brilhante & Claro.

Onde está você agora?
A sua peregrinação termina em mim
Onde a angústia tem fim
Em mim, sim…

Outra vez, esperando
Me doendo, me corrompendo
Me estragando, me fundindo (fudendo!?)
Em um só, ao avesso invertido
Contido,
em falsos sorrisos

Eu gostaria de poder cantar
Vou deixar minha personalidade explosiva explodir,
ebulir, se envaidecer, estourar, aparecer,
quem sabe até me matar

Carne de boneca, filé de sabedoria
Dedo de anão, mão vazia
Massacre, o meu, o seu, o nosso
Eu posso, eu não posso
Mudar…

Eu odeio - me odiar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Por Favor.

Tudo que deixei ir, ir e ir…
As noites acontecem e amanhacem
E os pesadelos parecem não partir

Não dá pra medir a dor,
Ela acaricia para depois machucar
Pare, por favor
Por favor

Gritos dentro de mim, vão explodir
Ecoar sem noção pelos ares,
Vejo o mundo aos pares
Sozinho…

Deixei tudo ir, sem me despedir
Eu preciso crescer, parar de me esconder
Vou esperar, ver o sol nascer
Quem sabe tudo volta…

Não dá pra medir a dor,
Ela acaricia para depois machucar
Pare, por favor
Por favor
Por favor
Por favor
Por favor

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Libertinagem & Amor.

As palavras que nunca foram problema, agora são. Não tem por onde começar, sinão pela falta de sintomas criativos e pela dor imensa que sinto desde os dez anos de idade. Antes de dormir, mais uma vez rolando, universo que soul vem até mim num encontro casual, informal e diário. Ele diz “está tudo mal…” e também “é normal você sofrer no seu eterno silêncio..."

Quando ganho as ruas, mais solitário que nunca, aproveito para refletir, deixo o pensamento voar em uma luta incendiária contra a consciência. Estou me matando, as rosas já morreram, as pessoas seguem sofrendo – tudo ao meu redor – e ao mesmo tempo.
Não exergo a capacidade, isso dói demais! Porra aonde está aquele sossego infantil de antes? Parece que tudo se partiu, e se transformou em moléculas perdidas no tempo. Num tempo distante e lúdico. Crescer é ver o mundo sujo, viciado e doente. Isso é tudo que a vida me ensinou até agora. Tudo.

(...)

Oh minha senhora, perdoe meus pecados infames
só você me olha com olhos de glória
se meu coração quebra, você tem a cola
e transforma a tristeza, num sensação passageira
eu adoro quando você me da banho, menina
além de amor, você me passa algo materno
quando deito no seu ventre e tu amamenta meus devaneios
e sonho em paz.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A(mor)te.

Somos duas bombas em potêncial,
explodindo em uma pintura psicodélica
misturando nossas cores e crenças
temos tudo incomum,
e eu achava impossível não ser clichê,
nós não somos…
E não tentamos não ser,
por instantes na nossa fusão
nos tormamos invisíveis as palavras
minha alma é porta dos seus sonhos
e vice-versa. Isso é vida ao reverso.

(Todo dia é feriado, todo dia deveria ser…)

Me despedaça, para montar depois
melhor ainda, me tira da asfixia,
pedaço por pedaço, sentimento por sentimento
um toque fora do comum em mim,
um toque fora do eixo,
quero rever nossa história em um porre sincero
e quero ser o sintoma da sua alegria…

Léo Castelo Branco


ps: O amor é uma doença incurável
por mais que se sinta não é suficiente

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

(...)

Eu chorei, quando um irmão seu me contou que você voou...pensei “tão próximo e tão distante”... surgiram as lágrimas que nutrem essa homenagem. Tudo dói, e eu só queria respirar, queria que a vertigem passasse, queria fazer alguma coisa. Como dói. Difícil respirar, mais ainda pensar. Se puderem me sentir, ao menos ouvir, prometo esperar todas as manhãs, a partir de hoje, um sorriso no céu...