segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um jeito diferente de ser.

Está tudo bem, só vou me machucar
tudo bem, uso meu sangue para pintar
e, me,
inspiro na falsidade humana.

Pode sentir meu ódio concentrado?

Quero ser o herói que nunca tive
existe um jeito diferente de ser igual
sonhos me mostraram...
E dói menos quando isso acontece.

Agora, poesia, nunca tarde
faz em mim acontecer.
E, foda-se, ainda vejo uma criança nos meus olhos.

Cante a sua música...

Que tal me apresentar com olhos de galã?
Que tal o mundo se juntar, se abraçar e dar um sorriso falso?
Que tal explodir minha cabeça e você recolher os miolos?

Posso ficar sem comer
até secar
gosto de ver,
definhar,
no meu show faço acontecer.

Morar em mim é difícil...

Iluda-se, mais uma vez.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Moldura.

Você pode destruir sua rotina, todo dia
Você pode amar sua pátria, todo dia
E você, é você mesmo -todo dia?

Procuro um grito no escuro.
Procuro ser eu mesmo.
Procuro a menstruação da primavera.
Procuro,
achar.

(mayday)

Como o rock invadindo a festa
aquele medo gostoso,
vem junto com o prazer de tocar a sorte
e ter um orgasmo
terno
e
terno.

E ainda tem gente quê, da janela, vê o mundo pequeno.

Experiência incrível.

Escorrendo entre as linhas do pensamento,
isento da realidade
tudo que vejo pra fora de mim é mera viagem.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bom em odiar.

O poeta é sempre imprevisível.
ora cabeludo,
ora pelado,
ora pequeno,
ora dotado.

As minhas palavras gostam de quebrar linhas, agora não! Conversei com elas pausadamente, durante um mês, na maior experiência humana da minha vida, livre. Sentado na minha mente, virei o pensamento ao contrário, e pela primeira vez, não me senti preguiçoso.

- Não!

Minha auto-relação é umbilical, fruto de um gesto inesperado. Desde embriões os homens procuram o ponto de encontro da raiva com o ódio, eu já estive na fronteira do amor próprio e não pulei. Estive lá sim, toquei as extremidades dos sentimentos de leve, reparei em cada sinapse, senti o gosto e a depressão de cada pequeno pecado no ritmo e harmonia da minha natureza.

- E me envergonha! E me mancha!

Sai pra fora do vazio, esqueci das risadas e dramas por mais contagiantes que fossem, das palavras e também das meias, apenas sorri e materializei a minha alma porque posso ser qualquer coisa, qualquer coisa!

Escolhi ser poesia porque minha imaginação é quem me acolhe.

Imagens alucinadas,
Imagens alucinadas,
Nirvana,
Nirvana carnal

Vazio como um peido.
Again.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

a benção da camponesa.

soul minoria, não quero só existir,
quero fazer sentir,
quero dançar
música eletrônica na montanha russa,
quero vender
indústria de fazer doer,
quero desistir
e o mundo serve vendas de bandeja,
aonde quer que você esteja

a maioria me elegeu minoria,
por mim tudo bem
soul eu que sobre os restos dos muros grafitados vou descansar,
na penumbra dos postes cinzas
da paulicéia enfumaçada,
suja e crackada
e infestada de inspiração

soul minoria porque posso tocar o céu e descrever exatamente o que senti

sábado, 13 de novembro de 2010

Vídeo Poesia

Minha poesia com os retoques (cinematográficos e detalhistas) de Marcel Mallio, aproveitem e VOTEM no filme!

http://zooppa.com.br/ads/riachuelo/videos/riachuelo-pra-quem-tem-identidade

Bye

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

algum dia.

está partindo, está faltando
está intenso, está alterado
está cego na janela, está a espera
está numa viagem astral-mental
está doente e mentalmente abalado
está sem voz e não faz questão de gritar, mais.

algum dia esse dia vai chegar
e tudo vai, vai se misturar
como na minha tela,
a minha maneira de ser
estando,
agora em silêncio.

algum dia.

sábado, 6 de novembro de 2010

My Bad.

Gosto da agressividade em todas as suas formas
Como na escola, o mundo da notas pra nós
Está cheirando, está fedendo, e eu estou acostumado
Nascemos travestidos, para se esconder nos travesseiros.

Desculpe, falhei.

Gritarei até explodir o coração, porque preciso da arte
A vida real não existe, queria poder acordar no céu
Ou apenas respirar.

Sujo e sem dó, é o fim
E dói.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Você me deve um devaneio.

...a barba cresce, a mente padece e nada parece ser o que é...

nenhuma música cabe nos meus pobres ouvidos, ( - !!!Pobre de mim, isso sim!!!)
nem se quer uma prosa me tira de tento, ( - !!!Mas eu permaneço atento!!!)
nenhuma rima sintetiza, muito menos ameniza. (-!!! Ah, vá viver de brisa!!!)

é foda viver duas vidas e não ter duas caras. ( – !!! É foda ser uma obra de ficção!!!)
o homem mata com habilidade pra sobreviver. ( - !!! Viver é melhor que sobreviver!!!)
minhas lágrimas são de vidro e eu não existo. (- !!! Eu nunca estive tão bem antes!!!)

estou tão bem, porque vejo meus reflexos nas palavras ( -!!! Mate a morte!!!)
estou tão cego, que ótimo, prefiro não ver
estou sozinho e sobrevivendo (-!!! Alienando - respirando!!!)

um Zé Ninguém no paraíso (-!!! Ir, ir embora. Já estou velho, portanto morro de medo!!!)
um delírio errôneo do pensamento (-!!! Preciso respirar mais que as pessoas normais!!!)
um esquizo que perde e encontra (-!!! Necessito ser mais intenso, desculpe!!!)
uma coisa de momento (-!!!Me sinto, Filho do Vento!!!)

...me dê a sua mão...