terça-feira, 26 de abril de 2011

Ler para Ouvir.

De todas as aulas de punk rock na escola do vandalismo, aprendi a ser forte como um leão e sensível como um cachorro.

a seiva escorre lentamente
observo-a,
é tempo de colheita
espreita em mim algo bom
...é o som
dos pássaros e dos meninos
e dos latidos da puberdade
ainda aqui, ainda que
nesta idade,
abdiquei a vaidade.

persisti na minha loucura
e tornei-me um Sábio,
germinado e latente
em solo improdutivo
soul motivo,
ação pós reação,
a emoção
em pessoa
que destoa sua realidade.

É o suficiente ou basta!?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Pleonasmo de Leonardo.

Violentando meu silêncio, na janela, fazendo fumaça e sem assento. Sóbrio e sombrio, bonito como quem nasce de novo e nem se da conta. E mais...

Enxergo dentro dos teus olhos, mesmo longe. E assim me sinto menos esquisito e mais isolado. Endiabrado na leitura labial dos pensamentos, meu bloco me acompanha e nele timbro ideias, maluquices e aforismos.

Intensidade elástica, ansiedade que quase mata, mas só deixa um pouco caótico. Tudo bem, posso esperar sem morrer de tédio e viver mais um pouco do ócio.

Na minha gaveta de velharias, rabiscos e rastros do passado, um desenho em sangue inacabado, restos imortais de quem soul. Ajoelho-me perante minha bagunça estática, estou seco, portanto sem lágrimas.

Quero mais é me encharcar de amor, desaguar dos teus olhos até o chão, feito queda da mãe água e boiar sob nossos pensamentos pares.

Ao mundo, do fundo do meu estômago nauseado uma rajada de felicidade violenta!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Peixe no liquidificador.

denegrindo arte e história,
esbórnia.
te vejo pelas telas,
intrínseco,
sensível e cortante,
como vidro,
maldito e condenado
empalhado na parede,
deitado na minha rede,
tenho fome e tenho sede:

coceiras intergalácticas,
manifestações asiáticas,
pensamentos estáticos,
maldita fumaça fanática,
que morra a gramática!

estar aqui –visto por esse ângulo - é senil
entre no clima e acaricie seu ego
quero ser uma estrela,
só para ser aceito na sua constelação,
sem maldição, com emoção
o amor é – nada menos - que uma colisão,
emoção superando a razão.

o tiro saiu pela cabeça
para quem tem estômago
e esôfago de sobra
é um prato cheio.

será que ela me ama como me odeio!?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quase vivo.

Escuto a melancolia do pingar solitário de um chuveiro. Interrogo-me, raro, como nunca. Ponteiros pontiagudos dão ritmo a paranóia e minha escala está serena e delicada, como nunca e como sempre desejo.

Amo-a! Com toda força e imaginação. Destoa a realidade, cobrindo o preto com vermelho, drenando dois corpos por inteiro e extremo é o sentimento vazando de nossas cabeças insanas e voadoras.

Em lenços e lençóis claros, um olhar pisciano, uma piscina de fluidos e instintos. Na superfície da derme, calor e arrepio, tudo em dobro e “infinitidecional”.

Na cadência dessa carícia é fácil anotar o inexprimível, sinto desejo no seu toque bipolar de amor e paixão. Tento descrever esse momento, mas ainda não inventei a palavra.

Sobram beijos e olhares que inflamam o fogo do espírito e fazem os corpos gritarem em Sol maior “SIM, ESTOU VIVO, PORRA”.

Uma lágrima escorre pelo meu rosto, está chovendo.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Espancar pra valer II.

A minha mente é uma sala escura e as pessoas não conseguem enxergar a minha bondade explícita. Morram, vermes escarrados e agarrados no ódio alheio, não faço, e nunca farei, parte de vocês....

Coquetéis com pinga e molotov
nem a esquerda, nem a direita,
muito menos ao centro,
o mundo me descentraliza
o ser humano,
hospedeiro
e nada hospitaleiro
é maldito por natureza.
Cansei, fui...

POESIA PORRA!