quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Coleta seletiva.

soul demasiadamente eu

mestre na falta de assunto

a indecência da poesia

a sombra da sobriedade

o bizarro ao extremo

da loucura a cara metade


olhos tão dilatados para enxergar você

viajo pelas tuas artérias

atrás do que lhe instiga

dentro do que você é

quero ser eu, não mais ateu

agora, acredito em nós...


soul tão querido que me deram um rótulo

fizeram uma lata de sardinha para me locomover

desenharam o que tenho que vestir

Deram até cerveja para alimentar minha dor

Democracia é isso, dá pra sentir?

Dá pra omitir!?


Terapia não irá salvar minha ira

Quero explorar toda raiva do ser humano

E transformá-la num foda-se

Ou você ainda acha que não é hora?


Desde os 10 anos eu quis morrer, hoje tenho medo de viver.

Calma, ainda existe o amor.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Extremos Líricos.

Quem está certo, me diga quem está certo?

Neste chão que nem deus pisa, quem não desconfia?

Viver na metrópole encardida, sem saída

Você precisa ter alma até depois de morrer

Precisa dosar harmonia e melancolia

Em uma só simetria


Cinema, tão vivo quanto meu ódio

Quem acredita, se joga

Segure minha mão, sinta o vão

Estreito hipocondríaco

Matéria prima: imaginação


Amostra grátis de ilusão

Até onde vai arrastada madrugada?

Nariz escorrendo e vida correndo


Quem está certo, me diga quem certo!?

Essa foi a rima mais barata que encontrei.