Em algum lugar entre
o extremo e a serenidade
escrevo numa
Olivetti 82 flutuando em algodões doces
e faço uma forca com
minhas próprias veias
meu sangue é minha
obra, é minha casa-poesia
Até que gosto de ter
ataques epiléticos involuntários
E acordar dentro do
que até então você considera inexistente
Tome um respiro...
Um tiro nesta sua expressão
lisergia na tua depressão
um grande erro na intenção,
desculpe,
mas estou amando
viver o errado
descobrindo que
estou levianamente certo
Sim, está tudo bem
andando na linha
férrea
preso num solo de
bateria
percebo,
o extremo é lírico
e ilícito.
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